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127 horas estréia dia 18 de fevereiro no Brasil


Aron Ralston (dir) participa das filmagens (foto: Divulgação)

127 horas ou exatos cinco dias e sete horas foi o tempo que o montanhista americano Aron Ralston ficou preso pelo braço, esmagado por uma rocha com cerca de meia tonelada, em uma fenda próxima ao cânion Bluejohn, Utah, em 2003. A história ficou famosa, primeiro em revistas de aventura, depois em livro e agora virou filme, que estréia dia 18 de fevereiro no Brasil.

Ralston participou das filmagens e é interpretado James Franco (Homem Aranha), em um papel considerado por alguns jornais americanos como o melhor de sua carreira. Franco, assim como aconteceu com Ralston, passa boa parte do filme sozinho, tentando resolver problemas comuns como comer, dormir e se hidratar, mas que se tornam pesadelos diante da sua condição.

A única companhia do montanhista foi uma câmera de vídeo, em que registrou desabafos bem humorados por incrível que pareça e até uma mensagem de despedida para a família. Antes de ter um rompante de sobrevivência, quebrar os ossos do braço preso e com um canivete multiuso cortar pele, carne e tendões, até ser amputado.

A cena, descrita com detalhes por Ralston em várias entrevistas e filmada sem rodeios pelo vencedor do Oscar Danny Boyle, chegou a causar desmaios no público, de acordo com jornais australianos.

Motivos – Os comentários na saída do cinema são opostos, a maioria das pessoas, indignadas, não entende o que leva uma pessoa a sair sozinha para uma jornada em um ambiente extremo, dentro da imensidão de um parque nacional americano. Outros se empolgam com o impressionante relato de sobrevivência, que há anos habita a história dos esportes aventura.

O interesse de Ralston pelo montanhismo começou em 1996, exatamente após ler os relatos da mais trágica temporada de escalada do Everest, que matou vários montanhistas e rendeu o livro “No Ar Rarefeito” de Jon Krakauer. Em 2003, já com 27 anos, o americano mudou-se para o Colorado, com a intenção de escalar, sozinho, as 59 montanhas da região, no inverno. Menos de um mês antes de ficar preso em Utah, ele foi pego por uma avalanche no Colorado e quase morreu.

Ainda assim, o espírito aventureiro do americano não sossegou. Com o braço amputado, Ralston voltou às montanhas do Colorado, e ao próprio cânion Bluejohn diversas vezes. Em 2008 desceu o de esquis o Denali, maior montanha da América do Norte, e no ano passado foi o primeiro amputado a cruzar o Grand Canyon em uma balsa. É casado e tem um filho.

Em entrevista à revista americana “Outsite”, meses após o acidente, Ralston admite que seu maior erro foi não ter avisado para onde iria naquele fim de semana. Três dias depois de ser resgatado, 13 guardas do parque nacional usaram um macaco hidráulico e uma hora de trabalho para suspender a pedra, afim de recuperar o braço do escalador, e viram o recado encravado com o mesmo canivete: “Boa sorte”.

Para ver mais:

  • Between a Rock and a Hard Place: Livro de Aron Ralston com o relato completo do acidente e outras aventuras (Original, em inglês)
  • 127 Horas: uma empolgante história de sobrevivência:Lançamento de março da Editora Seoman, traz o relato traduzido para o português)
  • 127 Horas, o filme: dia 18 de fevereiro nos cinemas
  • Site: www.127horas.com.br
  • Trailer:

    Este texto foi escrito por: Daniel Costa