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5… 4… 3… 2… 1…

Faltam poucos dias, nem sei quantos. Você pode até estranhar… Como?A essa altura dos acontecimentos? Pois é. Me conheço e sei que se começar a fazer contagem regressiva vou ficar ainda mais ansiosa. A minha contagem regressiva só funciona com aquele relógio ou a mão da pessoa encarregada pela largada na frente do pára-brisa: 5… 4… 3… 2… 1… uóóóóóummmmmm. O problema é achar a medida certa do uóóóum…

Acelerar de menos pode deixar você muito pra trás e aí as trilhas ficam infinitamente piores. A chance de conseguir ajuda, se precisar, se reduz consideravelmente. O deslocamento acaba sendo feito tarde da noite e fora aquele desagradabilíssimo sentimento de estar muito atrás de todo mundo. Não adianta.

Por mais conscientes que sejamos, ninguém gosta de estar nas últimas colocações. É natural. Mas com a pouca experiência que tive nestes dois anos, aprendi que nem sempre que a gente sente que está atrás, está REALMENTE atrás. No fim do dia ficamos surpresos com que a prudência é capaz de conquistar. Por isso não vale o desespero. “Controle!”, “Controle!”, “Não acelere!”, nos dizem os organizadores, os experientes pilotos, pais e os namorados e namoradas… Nossos neurônios nos gritam isso! Enquanto o coração se atira na ponta da sapatilha, com o peso extra da ansiedade usando earplugs de F1.

5… 4… 3… 2… 1… Tire o protetor auricular e vamos nessa!

Mariana Becker, 32 anos, é repórter de esportes da Rede Globo. Ela correrá o Rally dos Sertões 2003 como piloto competindo na Categoria Imprensa ao lado de Roberlena de Moraes. As reportagens de Mariana serão exibidas no programa Esporte Espetacular.

Este texto foi escrito por: Mariana Becker/Rede Globo