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Cathy, a mulher mais resistente do mundo

Redação Webventure/ Outros

Cathy está na capa da Aventura  Ação  nº 1 (foto: Divulgação)
Cathy está na capa da Aventura Ação nº 1 (foto: Divulgação)

Campeã do Elf Authentique em 99 e 2000, ela é considerada a rainha das corridas de aventura. Acompanhe o perfil de Cathy Sassin, capa do número 1 da revista Aventura & Ação*

Cathy Sassin lembra-se de que um de seus maiores complexos quando adolescente era a falta de atenção que sua mãe lhe dava. De todos os cinco filhos, ela era a que menos mimos e dengos recebia dos pais. Finalmente, há quarto anos, Cathy resolveu perguntar à mãe porque a diferença de tratamento na infância. “Quando você tem cinco filhos, deve dar mais atenção àqueles que realmente precisam, àqueles que se mostram mais fracos. Você nunca precisou”, ela ouviu.

Se a explicação fazia sentido na época, faz mais ainda hoje. Cathy é considerada a mulher mais resistente do mundo. E ela é, indiscutivelmente, a melhor competidora de provas de aventura da história. A atleta já trilhou as areias da Africa do Sul, florestas na Asia, escalou vulcões na América Latina, andou por geleiras canadenses e na Patagônia, remou por Bornéo, navegou nas águas da Nova Zelândia e escalou as mais altas montanhas australianas e americanas.

Mas, a olho nu, ela nada tem de diferente de você ou de mim. Bem, talvez. Ela tem asma e sua capacidade pulmonar é bastante abaixo da média. “Ouço minha respiração o dia inteiro e quando tenho bronquite a coisa fica feia. Tentei usar a inalador, mas não me adaptei. Estou testando um remédio novo, que ainda não chegou ao mercado”, me disse ela quando nos encontramos em Los Angeles para esta entrevista.

Mas fora asma, nada de tão distintivo. Cathy é uma morena bonita de 1,68 metros, 37 anos, formada em nutrição e que atualmente presta serviços em Los Angeles a atletas que queiram otimizar suas performances. Em seis anos, já completou 15 provas longas de corrida de aventura, venceu seis e, em 75% delas, chegou entre os cinco primeiros colocados. Ela não tem adversárias a altura. “Há mulheres muito mais fortes do que eu fazendo esse esporte. Mulheres mais resistentes, mais habilidosas e mais capazes. Não sei porque eu levo toda a fama”, justifica-se, numa lição rara de humildade. Bem, talvez porque ela continue vencendo e as ‘mais capazes e habilidosas”. Só um chute.

Competição de aventura, ou Rali Humano, é um esporte que testa e abusa o corpo humano ao seu limite máximo. E, então, repete a dose seguidas vezes naquela mesma semana. São dias, de 7 a 12, em territórios desconhecidos, navegando às vezes mais de 600 quilômetros a pé por florestas fechadas, em equipes de 4 a 7 pessoas, com uma mulher obrigatoriamente, escalando rochas, cruzando rios, oceanos e, muitas vezes, sem dormir. “Quando completo uma prova, sinto-me mais viva, mais jovem”, é a explicação dela. E ,para justificar a declaração absurda, Cathy diz ter provas científicas. “Outro dia, achei um fio de cabelo na minha cabeça e ele era grisalho na ponta e preto na raíz”

Quem sou eu para discutir os segredos da fonte da juventude com ela? Concordo imediatamente, ainda que Cathy tente deseperadamente encontrar o tal fio na bolsa para me provar. “Eu sei que ele está por aqui em algum lugar”, diz. (Continua nas páginas da revista Aventura e Ação, nas bancas)

(*) A revista Aventura & Ação é parceira da Webventure

Este texto foi escrito por: Milly Lacombe

Last modified: agosto 21, 2000

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