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Corpo de George Mallory é encontrado no Everest

Redação Webventure/ Montanhismo

Tibet – O corpo do alpinista britânico George Mallory, desaparecido no monte Everest em 1924, foi encontrado anteontem (01/05) pela equipe do norte-americano Eric Simonson, líder da expedição Mallory & (Andrew) Irvine – que visa encontrar pistas dos dois escaladores. Os restos mortais de Mallory, perdido no Everest no dia 8 de junho de 24, estavam próximos ao campo VI, na face norte da montanha.

A equipe de Simonson estava no campo VI na manhã de sábado, examinando o local onde, em 1975, fora montado um acampamento de chineses. “Às 13h, eu fui informado via rádio que eles haviam descoberto algo”, conta Simonson, que estava no acampamento base. Os alpinistas tiveram de passar a noite no campo V e somente na manhã de ontem se encontraram com o líder para anunciar a descoberta dos restos mortais de Mallory. Depois de identificar o cadáver, eles improvisaram um funeral e enterraram o alpinista.

Mallory foi encontrado por acaso. “O Conrad deu um grito de uma parte mais baixa do campo VI, que ele estava examinando. Ele achou alguma coisa que estava coberta de terra – era Georde Mallory, apesar de não termos percebido isso de início. Achávamos que íamos encontrar Sandy Irvine”, conta David Hahn, outro membro da expedição.

Foi um susto, reconhece Hahn. “Não queríamos perturbar o Mallory, ele estava deitado lá há 75 anos…Mas preferimos tentar descobrir se ele pretendia atacar quando se perdeu. Então, fizemos o máximo para encontrar pistas. Achamos algumas coisas, mas ainda não conseguimos responder a nenhuma de nossas perguntas. Mas temos alguns dias de
expedição pela frente. É preciso ter paciência.” Para o alpinista, a descoberta foi um alívio. “O incrível foi sair de lá e não mais se preocupar com a vida de Mallory. Um passo além e você já está pensando só na sua própria vida e em descer a face norte outra vez.”

A expedição continua e a expectativa agora é encontrar alguma evidência de Sandy Irvine, o companheiro de Mallory na aventura de 1924. “Muita gente disse que a nossa expedição tinha uma chance em um milhão de obter sucesso e alguns até nos criticaram”, lembra Simonson. “Trata-se de uma homenagem a dois aventureiros que entraram na maior montanha do mundo só com jaquetas de lã e botas de couro. Agora a
gente sabe o que é escalar o Everest. Eles não sabiam, tinha o que se chama de espírito de aventura. Nossa proposta é contar essa história.”

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: maio 3, 1999

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