Costa Rica: paraíso de rafteiros e canoístas

Descida do rio Pacuare (foto: Arquivo pessoal)

Pura vida. É o que vai encontrar quem for à Costa Rica. Essa é a filosofia de vida de um dos lugares mais alucinantes para quem pratica esportes ligados à natureza, o paraíso dos surfistas e
canoístas. Mas você não precisa ser um deles para fazer uma viagem muito especial.

A Costa Rica é um pequeno país da América Central, com mais de 50% do seu território preservado, clima quente o ano todo, fauna e flora exuberantes, além de um povo que se orgulha de tudo isso e faz questão de que você conheça seus parques nacionais, praias, rios, vulcões etc.

A chegada é pela capital, San José. O transporte, um 4×4, bastante adequado para as estradas locais, e a rota é Turrialba. Localizada a 68 km de San José, Turrialba é uma pequena cidade que respira rafting e canoagem, concentrando alguns rios valiosos para os amantes do esporte. Qualquer que seja a sua aventura, você vai precisar de um guia local, ou do apoio de uma companhia de rafting. A mais tradicional é a Rios Tropicales.

O rio mais conhecido é, sem dúvida, o Pacuare, cuja beleza atrai turistas do mundo todo. Com corredeiras classe III+, IV, dependendo do nível do rio (para quem não sabe, classificamos as corredeiras em classes de I a VI, sendo que a última oferece um alto grau de dificuldade e os botes não se aventuram), há tucanos sobrevoando e cachoeiras por todo o percurso, o que faz com que o Pacuare tenha de constar na lista de rios visitados de qualquer canoísta, rafeiro ou turista.

Rio selvagem

O Reventazion, com seções classes IV e V, sediou o Campeonato Mundial de Rafting do ano passado e é adrenalina garantida para quem já tem alguma experiência. Outro rio bem perto é o Pejibawie. Ele não é explorado comercialmente, mas não é muito difícil convencer algum canoísta a levá-lo para conhecer aquele que é o rio de águas claras e cheio de ondas para surfar.

Também vale a pena fazer passeios variados, como conhecer os vulcões da região. O Irazúl fica a uma hora de Turrialba e tem um visual surpreendente. Mas o que mais me impressionou foi o Arenal, que é ativo. Na região existem várias pousadas com chalés que têm janelões de vidro para, se você tiver sorte, passar a boa parte da noite vendo a lava escorrendo pela montanha (bem louco!). Mas esse fica vulcão fica bem ao norte de San José, distante de Turrialba.

Sobre as praias é até difícil falar: cada uma que você conhece passa a ter aquele problema de não querer ir embora. De um lado, o Caribe, com praias bem selvagens; do outro, o Pacifico, com as famosas praias de Tamarindo, Jacó, Manoel Antônio e mais um monte, cada uma com a sua peculiaridade e beleza, sempre com vários atrativos, muito surfe, mergulho, passeios de barco ou simplesmente tranqüilidade.

A melhor época para ir à Costa Rica é o inverno, entre julho e agosto. Isso significa sol e calor, com chuvas… e rios cheios. No verão, dizem, canoístas do mundo todo vão treinar nas águas baixas do Pacuare, em busca da PURA VIDA!

Roberta Borsari, colaboradora da Webventure, é canoísta e bicampeã brasileira de rafting.