Com o crescimento do ecoturismo no Brasil surge a cada dia mais um local desconhecido a ser desvendado e uma das maiores atrações costumam ser as cavernas. Antenados, alguns espeleólogos (gente que estuda as cavernas) do Mato Grosso lançaram a discussão virtual sobre o assunto. Como base da polêmica, dados como ‘qualquer depredação em uma caverna é irreversível’.
Qualquer um pode ameaçar a existência de uma caverna. O principal alvo de destruição são os espeleotemas, como são chamadas cientificamente as formações cristalizadas durante milhares de anos, nos tetos, solo e paredes das cavernas (estalactites, estalagmites, colunas, flores, pérolas, etc). Um espeleotema quebrado não volta a crescer. Estas formações dependem de condições muito especiais, de umidade, infiltração de água e dissolução de minerais que, na maioria das vezes, não se reproduzem em cavernas perturbadas pela visitação humana.
Até o excesso de calor ou de gás carbônico, exalado por visitantes muito numerosos, pode prejudicar o equilíbrio específico dos ambientes das cavernas e interromper a formação de espeleotemas ou mesmo
contribuir para sua deterioração.
Os especialistas em cavernas promovem também um seminário para debater o turismo e a privatização no próximo dia 20, no Mato Grosso do Sul. Eles pedem medidas urgentes para regulamentar a exploração comercial das cavernas de Bonito (MS), onde o ecoturismo e o turismo de aventuras cresceu assustadoramente nos últimos anos.
Fonte: Agência Estado
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: agosto 11, 1999