Depois de 46 dias de jornada a ‘Origin Xpedition’, organizada por holandeses, concluiu a travessia a pé do deserto de Gibson, na Austrália na última terça-feira. Nunca uma expedição ocidental havia tido sucesso.
O Brasil chegou a sonhar com a conquista, já que o paulista Thomaz Brandolin fazia parte do grupo. Inconformado com a estratégia holandesa, que incluia puxar um carrinho com sete litros de água sobre arbustos, ele abandonou o projeto às vésperas de iniciar a travessia. “Eu sugeri que usássemos mochilas, mas eles disseram que não ficava bem no filme”, contou o brasileiro com exclusividade à Webventure. A canadense, Denise Martin, única mulher incluida, também abandonou a travessia. Mesmo assim, Brandolin previu o sucesso do grupo. “Acho que vão conseguir, mas deixou de ser uma aventura”, criticou, referindo-se aos constantes reabastecimentos de água que o grupo passou a receber para carregar menos peso nos carrinhos.
Especialistas em viagens ao Ártico e a altas montanhas, Edmond Ofner, Marc Cornelissen e Marek Kaminski caminharam 670 km. Na primeira etapa, foi usado o polêmico carrinho. Depois, eles se renderam às mochilas. No total, houve oito reabastecimentos de água e comida feitos por carros e helicóptero. Sob um calor médio de 28 graus , os três aventureiros consumiram mais de 250 litros de água
A Origin Xpedition fez algumas ‘descobertas’ durante a travessia. Uma delas foi uma cratera provocada por um meterorito em Windy Corner. Também foram encontradas pistas de acampamentos aborígenes com inscrições em rochas.
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira
Last modified: agosto 13, 1999