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Mangue “derruba” concorrentes da Santa Cruz

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Pé de Paulo Brandão  da Papa Trilhas  depois do trekking. (foto: Luciana de Oliveira)
Pé de Paulo Brandão da Papa Trilhas depois do trekking. (foto: Luciana de Oliveira)

João Pessoa (PB) – “Quando chegamos era noite, um breu. Logicamente tivemos de usar luzes e foi então que surgiram milhares de insetos. Tivemos de atravessar o rio para buscar uma fitinha minúscula na árvore e Alzione teve início de hipotermia”. Nas palavras de Rosier Saraiva, essa foi a passagem da equipe Papa Trilhas pelo PC 8, no mangue, considerado um pesadelo por todos os competidores do Desafio Costa do Sol, encerrado hoje. Depois de passarem por aquele posto de controle, as demais equipes que ainda estavam na competição, incluindo a Papa Trilhas, desistiram. Só a Terra de Santa Cruz prosseguiu.

“Rose saiu coberta de mosquitos após a travessia do rio, mas ainda teve idéia de tirar um batom da bolsa e passar. Aquilo me impressionou”, conta Walman Rosas, da Terra, que acabou vencendo a prova neste domingo. “Pensamos em desistir após erros de navegação, mas dormimos na madrugada pela primeira vez na corrida e acordamos revigorados”, comenta Rosângela Hoettpner, a Rose.

A prova – Na mesma região do PC 8 havia o PC remoto, de número 9, de outro lado do rio. Era necessário atravessar a nado e trazer para os fiscais do oitavo posto uma tira de fita plástica zebrada, prova de que a equipe passou no PC seguinte.

Papa Trilhas, Rosa dos Ventos e Mandacaru não duvidaram. A decisão foi parar de vez no PC 9. “Eu fiz os últimos quilômetros de trekking descalça, pois não usei tênis próprio para trekking”, explica Alzione. Já Andréia, da Rosa, atribuiu a parada à economia de forças para a EMA 2000, a maior corrida de aventura do Brasil, em outubro.

Após o dormirem até a manhã de hoje no PC 9, em Rio Tinto, os times – exceto a Mandacaru – foram levados de van para a prova final, de 11km canoagem. Só a Terra faria pela competição, já que as demais equipes estavam desclassificadas.

Ressureição – A experiência de remar animou até a Odisséia, que havia abandonado o Desafio ontem. Eles entraram numa canoa e também fizeram o trecho final. Demorou um pouco para todos se adaptarem às embarcações – légítimas canoas de pescadores: nos primeiros metros, os barcos rodavam na água e tinha gente remando em direção à margem…

No final, a Rosa dos Ventos foi a mais rápida e comemorou ainda a terceira colocação no geral e o troféu de “Espírito de Equipe”.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: setembro 10, 2000

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