Ao contrário da categoria carros, a disputa nas motos no Paris-Dakar não teve nenhuma surpresa nesta etapa final de 25km de especial em Dakar (Senegal). O italiano Fabrizio Meoni confirmou o título e a consagração da equipe KTM ao chegar em quinto na sua última chance de vencer alguma etapa nesta edição 2001. Mas como seu principal adversário, o companheiro de equipe Jordi Arcarons, não foi bem nas duas últimas etapas, chegando sempre atrás de Meoni, o italiano pode manter com tranqüilidade os pouco mais de 25 minutos de vantagem no tempo acumulado.
O mais rápido no encerramento do Dakar foi o finlandês Kari Tianen, que esbanjou talento nesta edição, conquistando sua quarta vitória em etapas. Curiosamente, por causa de um mau início de rali, ele terminou em 25º na classificação geral de motos, atrás inclusive do brasileiro Juca Bala, campeão na SuperProduction 2.2 mas que nunca figurou entre os primeiros da geral numa etapa.
Em terceiro lugar entre os competidores de moto ficou o chileno Carlo de Gavardo. “El Condor”, como é conhecido, conquistou muitos fãs no Brasil ao participar do Rally dos Sertões 2000, quando foi o vice-campeão.
Show da KTM – Com jogo de equipe – acusação que adversários lhe fizeram durante todo o rali – ou não, a KTM fez a festa neste Dakar. Para não deixar dúvidas sobre a imponência de seu time, fechou a disputa com 14 etapas vencidas e ocupando as cinco primeiras posições na geral de motos (com Meoni, Arcarons, De Gavardo, Esteve Pujol e Alfie Cox, nesta ordem).
O único fracasso foi o abandono do francês Richard Sainct na décima etapa. Bicampeão (1999-2000) do Dakar, ele era o nº 1 da equipe e sua saída abriu caminho para Meoni. Outro abandono, porém, favoreceu ainda mais a fábrica: o de Juan Roma, principal nome da BMW, a grande rival da KTM.
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira
Last modified: janeiro 21, 2001