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Modalidades viram grandes desafios na Juquiá 2000

Redação Webventure/ Biking, Outros, Rafting e canoagem, Trekking

Equipes pegando os botes e partindo para o rafting (foto: Débora de Cássia)
Equipes pegando os botes e partindo para o rafting (foto: Débora de Cássia)

Um desafio que contou com a ajuda das forças da natureza. Assim foi a etapa de rafting da Juquiá 2000, prova do Circuito Brasileiro de Corridas de aventura realizada no último final de semana. “Em 16 anos que eu conheço este rio, só vi essas corredeiras aparecerem três vezes. A terceira foi hoje”, explicou José Roberto Pupo, responsável pela organização da etapa de rafting no último sábado.

Para poder descer o Juquiá, e enfrentar o complexo chamado Autorama, todas as equipes tiveram de fazer um curso básico. Algumas, como a Canoar Aquática, equipe das campeãs brasileiras de rafting, conseguiram sair ilesas da maiores quedas. Outras, porém, acabaram virando os botes. A equipe Quasar teve dificuldades para desvirar o bote. Depois de muitas tentativas, o time conseguiu seguir em frente e continuar a prova.

Medo embaixo d’água – A Flecha da Prata – Mercedes Benz virou o bote num dos primeiros degraus e seus integrantes desceram a segunda e maior queda com a força da água. “Fiquei com muito medo. Fiquei embaixo do bote e achei que ia morrer na água. Bati meu corpo todo”, contou Heloísa Rodrigues Carvalho logo depois de sair da água.

Outro integrante da equipe, Jaime Fusari Filho, teve de ser retirado da água e precisou de ajuda médica na margem do rio. “Acho Jaime não teve ferimentos mais sérios, que ele se bateu bastante nas pedras”, explicou Edgardo Manriquez que estava na ponta do bote. Felizmente, Fusari não se feriu gravemente e passa bem.

Bikes brigando contra a lama – Se a chuva ajudou para que a prova de rafting ficasse mais emocionante, fez com que os atletas se esforçassem em dobro durante as etapas de bike. Outro desafio foi navegar no meio de bananais e não perder o caminho dos PCs.

A equipe do Além, por exemplo, por muito pouco não foi para o lado contrário ao do PC5. “Tivemos dificuldades na navegação e estamos cheias de lama. É só olhar para o meu rosto e ver como está a minha maquiagem”, brincou Lais Fleury durante a prova.

Canoa: força em águas barrentas – Todas as equipes tiveram de mostrar muita força e sincronismo para vencer as duas etapas de canoa canadense. Além do rio cheio de tocos, era muito difícil tirar as canoas de dentro do rio. No PC9/AT6 (passagem de canoa para bike), o esforço para a retirada da canoa tirou tempo da maioria das equipes. O barranco com muita lama acabou se transformando num grande obstáculo.

Já na segunda etapa de canoa, os atletas contaram com um outro agravante: a escuridão. A etapa aconteceu de noite, depois de um trecho de mountain bike. Para chegar até a beira do rio, um trecho de brejo e, mais uma vez, muita lama. No final da canoagem noturna, alguns atletas estavam passando mal, com enjôos.

Trekking e o desafio do “PC fantasma” – A primeira etapa de trekking prevista foi cancelada. Com a chuva, a organização acreditou que seria perigoso manter o trecho no percurso da prova. Assim, a primeira grande etapa de trekking aconteceu de noite.

Além da dificuldade na navegação do trecho já previsto, foi criado o PC14a, apelidado pelos atletas de “PC fantasma”. Além da localização difícil, que exigiu muita navegação, os atletas tiveram de enfrentar a travessia de rios e mata completamente fechada.

Depois desses desafios, muita emoção na chegada no Sítio Dois Palmitos, em Juquiá. Lontra Radical, Pés Sujos e Quasar foram as primeiras a chegar. Dos atletas, três pedidos básicos: um banho quente, roupa limpa e comida.

Este texto foi escrito por: Débora de Cássia

Last modified: setembro 4, 2000

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