Largada às 8h20 na pista de Cuité (foto: Luciana de Oliveira)
João Pessoa (PB) – Os paulistas da Rosa dos Ventos/Basic Sound e os pernambucanos da Terra de Santa Cruz/Bike Tech passaram este primeiro dia do Desafio Costa do Sol, corrida de aventura que faz parte do Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura. A largada aconteceu às 8h20, na pista de pouso cidade de Cuité, sertão paraibano. De lá, os atletas tiveram de “voar” por 57 quilômetros – só que de bike. Mais tarde, o desafio foi encarar a subida da Pedra da Boca, 1km, e o rapel de 270m na Via Sacra. As duas equipes líderes enfrentaram tudo com tranqüilidade.
“Estou adorando a prova, o visual é lindo”, elogia Andréia Catani, da Rosa dos Ventos, que tomou a frente na prova na ida para o PC (posto de controle) 3, a subida da pedra. “Demos sorte porque o sol não estava a pino e deslanchamos no pedal. Na Pedra, a Santa Cruz estava na frente mas teve de voltar para procurar o mosquetão (equipamento para a corda no rapel). Deu até pena.”
Os pernambucanos dominaram o trecho de mountain bike até o PC 1, liderados por Rosângela Hoettpner, da seleção brasileira de ciclismo e que participou da EMA 98. “Queremos nos manter entre os primeiros. Está só começando, temos mais dois dias pela frente”, advertiu. O mesmo discurso foi usado por Paulo Brandão, da Papa Trilhas, que surpreendeu como terceira colocada hoje – em 99, com formação diferente, ficou entre os últimos. “A experiência que tive no Elf deste ano está me valendo aqui”, afirma o veterano.
Aos 39 anos, a vovó Margareth Gouveia, da equipe Adrenalina, desistiu com câimbras no trecho de bike. “Foi falta de treino suficiente, talvez eu deva parar com essas corridas, mas nunca com aventura”, conta ela, que é professora de ginástica, escala, mergulha e faz trilhas na região de João Pessoa. Os outros três integrantes da Adrenalina seguem na prova, mas não entrarão na classificação geral.
A partir desta noite as equipes líderes vão iniciar o maior trecho da prova – 90km de trekking, passando por manguezal. “Acredito que a orientação que vem pela frente possa definir a corrida”, aposta Andréia. Já quem está mais atrasado, como a Odisséia e Gravidade Zero – campeã de 99 – pode até passar a noite no rapel na Boca.
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira
Last modified: setembro 8, 2000