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Rosa dos Ventos: “só precisam puxar mais na orientação”

Redação Webventure/ Outros

Equipe foi a primeira na canoagem (foto: Luciana de Oliveira)
Equipe foi a primeira na canoagem (foto: Luciana de Oliveira)

Desta vez, os paulistas “invadiram” a corrida nordestina que já entrou para a lista das melhores do Brasil. Em sua segunda edição, encerrada no último domingo, na Paraíba, o Desafio Costa do Sol cresceu em número de equipes e de distância percorrida – 247km, cem a mais do que em 99. O resultado foi a participação de atletas experientes e de uma equipe inteira da “terra da corrida de aventura” no Brasil, São Paulo.

Na verdade, a Rosa dos Ventos tinha metade dos integrantes paulista e dois natalenses, os primos Erich Feldberg, que mora em São Paulo, e Karim Salha. Terceiro colocados na corrida, eles fizeram uma análise da prova à Webventure. Em meio a elogios, pediram mais exigência na orientação e reforçaram a importância de “seguir as regras”.

Webventure – Façam um raio-X deste Costa do Sol, comparando-o com o ‘estilo São Paulo’ de se fazer corridas. O que foi bom e o que poderia ser melhorado?

Erich Feldberg – Toda corrida de aventura é muito difícil de ser montada. Essa foi muito bonita, com trechos lindos, mas o ideal era que tivesse um mesmo grau de dificuldade em todas as modalidades, que dê para terminar a prova. Na bike, trekking, rapel e canoagem foi tudo perfeito em tempo e dificuldade – as primeiras foram longa, mas esse é o estilo da corrida. Só a orientação na nossa opinião não existiu, foi extremamente fácil. Era fácil perguntar para as pessoas o caminho e nem olhar o mapa. Mas isso se consegue com experiência. O Costa do Sol já é uma das melhores provas do Brasil.

Webventure – Aparentemente vocês estão decepcionados com o terceiro lugar, isso é verdade?
Andréia Catani
– Não, claro que sempre queremos ganhar, mas queremos fazer a prova sempre nos limites da equipe. Só que esperávamos que tudo se definiria com a orientação a partir do segundo dia, achávamos que seria muit difícil pra todo mundo, por isso dormimos no PC 5 (transição da bike para o trekking), enquanto as outras duas equipes líderes seguiram sem parar. Depois disso eles foram abrindo muita diferença… Por algumas coisas, percebemos que não daria pra ganhar e a decisão foi abandonar a prova, afinal estamos indo para a EMA, em outubro.

Véscio Barreto – No caminho do trekking recebemos oferta de moradores para nos levar aos lugares. Recusamos, claro.

Andréia – Temos uma linha de participar seguindo o espírito da corrida, seria muito fácil a gente chegar se perguntássemos aos moradores onde era o caminho… Mas a gente não faz isso, eu quero achar por mim mesma.

Webventure – Vocês apresentaram uma postura bastante organizada, profissional. Deu para relaxar em algum momento?

Andréia – Ah, com certeza… Rimos muito de algumas histórias nossas, como quando eu sentei no formigueiro (risos)…

Véscio – Teve o Erich, que foi afetado pelas urtigas no rapel e precisou tomar um anti-estamínico, o Fenergan, e não falava coisa com coisa…

Webventure – Pra terminar, queria que você, Karim, falasse sobre a realização o seu sonho e do Erich, de participarem juntos de uma corrida.

Karim Salha – Foi muito bom, eu queria muito fazer isso porque eu e o Erich sempre gostamos de aventura e, mesmo ele morando em São Paulo, praticávamos os mesmos esportes e eu procurava treinar segundo o que ele fazia. A dúvida era se ia correr tudo bem, se eu corresponderia, mas acho que deu tudo certo. Aprendi muito com a experiência deles e agora é continuar. Vem muito mais por aí.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: setembro 12, 2000

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