Foto: Pixabay

Sherpa fica 21 horas no cume do Everest

Redação Webventure/ Montanhismo

Katmandu, Nepal – Um sherpa nepalês ficou 21 horas no cume do monte Everest, estabelecendo um recorde de permanência no topo do mundo, a 8.848m de altitude. Além disso, Babu Chhiri Sherpa, de 33 anos, não usou garrafa de oxigênio durante o pernoite no local, conforme informou Shailendra Sharma, chefe do departamento de
montanhismo do Ministério do Turismo do Nepal.

Chhiri chegou ao cume às 10h30 na última quinta-feira (6/05), pela oitava vez na vida. Ele e dois amigos passaram a noite numa tenta criada especialmente para a data. Ao alcançar o topo, o sherpa ergueu a bandeira napelesa e cantou o hino nacional “Praise the King and the Country” (Louvor ao Rei e ao País). “Ele disse pelo rádio que quer
oferecer a bandeira e a gravação do hino ao rei Birendra”, contou Ang Babu Sherpa, da Expedições Nomad, empresa que cedeu os equipamentos para a aventura.

O recordista deixou o cume às 7h55 de sexta-feira. Não há um recorde oficial de permanência no cume do Everest mas o vento forte, a baixa pressão atmosférica e mudanças rápidas de clima costumam forçar os alpinistas a ficar apenas alguns minutos ali. Em maio de 94, um australiano e um neo-zelandês ficaram 13 horas durante a noite, num buraco de 20m escavado na neve logo abaixo do cume, porque estavam muito cansados para descer.

Chhiri’s também esteve perto de se tornar o maior colecionador de escaladas bem sucedidas no Everest. Appa Sherpa chegou nove vezes ao teto do mundo, enquanto Ang Rita Sherpa esteve lá 10 vezes, a última em 1996.

Sem oxigênio – A maioria dos alpinistas ocidentais recorre a garrafas de oxigênio para ajudar a respiração nas montanhas. Já os sherpas nepaleses, conhecidos como “Os Tigres das Neves”, costumam dispensar esse conforto, mas poucos ousaram ficar tanto tempo no cume (veja matéria), onde a respiração é muito dificultada.

Os sherpas são habitantes dos arredores do Himalaia que se tornaram exímios guias de montanha pela sua resistência e conhecimento do local. Eles marcam presença em quase todas as tentativas de chegar ao cume.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: maio 12, 1999

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