Foto: Pixabay

Pedalando entre Rio e Minas

Redação Webventure/ Biking

No feriado de Corpus Christi, resolvi pôr em prática um roteiro mais ou menos definido. Sabia apenas o início e o fim. O percurso em si era quase totalmente desconhecido por mim. Aventura é assim mesmo: muito planejamento acaba tirando a graça e o espírito da coisa. Viajei de ônibus do Rio à Barra do Piraí, levando minha mountain bike no bagageiro. De lá, parti pedalando para Ipiabas, esta parte em asfalto, e a partir de lá, agora em terra, para Conservatória.

Sempre rodeado de belíssimas paisagens, segui para Santa Isabel do Rio Preto. Cruzei a ponte sobre o Rio Preto, que é a divisa de Minas Gerais com o Rio de Janeiro, e continuei até Santa Rita de Jacutinga. Após almoçar, continuei a viagem até Passa Vinte, chegando às 20h depois de rodar cerca de 95 km. Achei um hotelzinho, onde jantei e dormi.

No dia seguinte, após o café da manhã, parti subindo pela estrada ao longo do Rio Preto. Passei por lugares lindos, por estradas de terra muito íngremes e com muitas pedras, segui rumo à Ponte de Souza e então para Mirantão. Depois de um lanche continuei até Santo Antonio do Rio Grande, um pequeno paraíso a 1.200 m de altitude, na serra da Mantiqueira. Lá, fiquei hospedado na casa do meu amigo André.

No sábado, apenas descansei, tomando banho de cachoeira para recarregar as energias. No domingo bem cedo, botei o pé na estrada novamente para voltar. O destino agora era Resende (RJ), passando por Pedra Selada, um caminho bem mais bonito e seguro do que a tradicional descida por Visconde de Mauá.

Chegando em Resende, comprei a passagem de volta para o Rio de Janeiro, terminando assim uma pedalada de cerca de 220 km, com muita natureza, ar puro, pouquíssimo movimento pelas estradas de terra e com gostinho de quero mais. Este é um tipo de viagem possível de ser feita por qualquer pessoa ou grupo de pessoas. Basta ter muita disposição e também um bom preparo físico, já que há muitas subidas e a bagagem na mochila e no bagageiro aumentam consideravelmente o esforço necessário.

Este texto foi escrito por: Franz Alois Slama

Last modified: março 29, 2001

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