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Pilotos conhecem a Serra da Canastra

Redação Webventure/ Offroad

Usina Hidrelétrica de Furnas  na primeira especial (foto: Fábia Renata)
Usina Hidrelétrica de Furnas na primeira especial (foto: Fábia Renata)

O primeiro dia do Rally Internacional dos Sertões foi marcado pela beleza e pela dificuldade da trilha da Serra da Canastra.

Os pilotos de moto começaram a deixar o Franca Shopping às 6h30 e seguiram para a largada da especial, a 113 km dali. A paisagem começou a mudar logo nesse deslocamento, que passou pela Rodovia Ecológica da Serra da Canastra. A Usina Hidrelétrica de Furnas, no Rio Grande, estava no caminho. Apesar da falta de chuvas, a usina estava trabalhando e proporcionando um belo visual. A Serra da Canastra, além do Rio Grande, também é berço de outro grande rio, o São Francisco.

A largada para o primeiro piloto, Jean Azevedo, aconteceu às 9h, serra adentro, em direção a cachoeira Casca D’Anta.

Em busca desta mesma cachoeira estavam equipes de apoio, imprensa e o diretor de prova Jaime Santos, mas só poderiam seguir por fora do trecho da especial, uma vez que as motos já tinham largado. Seguindo informações de moradores locais, todos chegaram na tal cachoeira, só que no meio do trecho da especial, onde não era possível transitar. O que fazer? A saída era dar a volta pela serra para chegar no fim da especial, para dar apoio às equipes, fazer as reportagens, e acompanhar o andamento da prova.

Só que esta volta não era tão simples assim. Depois de horas subindo e descendo a Serra da Canastra, os oito carros que fizeram este longo e bonito passeio, chegaram à cachoeira Casca D’Anta. Segundo Jaime Santos, a confusão aconteceu porque não havia planilha para chegar no fim da especial por fora e os mapas brasileiros não têm indicações de todas as estradas, mas o passeio foi bonito.

Luís Haas, da equipe GM, que estava no carro de apoio de sua equipe, disse que o uso do GPS foi fundamental para ajudar o comboio a encontrar o caminho certo. Depois seguiu para o fim da especial, onde apoiou o carro de Luciano da Cunha e Luiz Durval de Paula, que quebrou no fim da especial. Problemas com os veículos prejudicaram algumas duplas. Cacá Clauset e Jorge Nieckele, da equipe Subaru, tiveram um pneu furado no meio da especial e perderam posições.

O caminhão da equipe Fora de Estrada capotou no deslocamento para a especial. Os três competidores (Leonardo Vidal, Vicente dos Santos e André Alves) nada sofreram, já o caminhão, ficou destruído e, portanto, fora da prova.

Outro carro que teve problemas foi a Pajero de Klever Kolberg e Lourival Roldan. Segundo Kolberg, a prova foi boa, largou atrás mas estavam ganhando posições, quando a 1ª bomba de gasolina pifou. Trocaram para a segunda, que também pifou. A possível causa do problema é a limalha encontrada na gasolina, que não sabem como foi parar ali.

Juca Bala considerou a especial difícil, dura, muito cascalho, mas foi boa para experimentarem as máquinas. A sua, uma Honda Falcon 400, depois de alguns ajustes, está perfeita.

Para Édio Füchter, vencedor na categoria carros, a etapa foi difícil, talvez uma das mais difíceis do rali.

Esta primeira etapa que saiu de Franca/SP chegou em Patos de Minas/MG, cidade que se destaca pela agricultura, com produção de grãos e de hortifrutigranjeiros, além da produção leiteira.

O segundo dia do Rally, saindo de Patos de Minas em direção a Unaí (MG), começa com um deslocamento de 8 km. A largada da primeira moto, pilotada por Paulo Marques, será às 10h, e terá 219 km de especial, com reabastecimento para as motos.

Os carros largam entre 11 e 11h30, sendo o primeiro 45 minutos depois da última moto. O trecho vai atravessar o cerrado, com trilha sinuosa, que exigirá muita navegação em uma floresta de eucaliptos. Trechos com quatro kurecas, travessia de rios, serra e muitos saltos.

Este texto foi escrito por: Fábia Renata

Last modified: julho 9, 2001

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