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Líderes confiantes, concorrentes desanimados

Redação Webventure/ Offroad

Os Fantozzi: Tiago  o líder (esq)  e o pai  Décio  que participa do Rally na equipe de cronometragem (foto: André Chaco / Webventure)
Os Fantozzi: Tiago o líder (esq) e o pai Décio que participa do Rally na equipe de cronometragem (foto: André Chaco / Webventure)

Quatro etapas parecem não assustar os líderes do Rally dos Sertões 2001. Tanto que Édio Füchter, o primeiro colocado nos Carros, e Tiago Fasntozzi, nº 1 nas Motos já estão cantando vitória. “A partir de agora, vou me poupar, poupar a moto, poupar a equipe, poupar tudo, para chegar à Fortaleza com o caneco na mão”, disse Fantozzi. Apesar de mais cauteloso, Füchter também começa a adotar um discurso de favorito. “Já está menos difícil conquistar o bicampeonato.”

A confiança dos dois, no entanto, não é exclusiva dos líderes. Até mesmo os concorrentes diretos parecem já ter desistido. “Em condições normais, não dá mais”, lamentou Guilherme Spinelli, que está cerca de 30 minutos atrás de Füchter entre os Carros.

A segurança dos dois se deve, principalmente ao desempenho nas etapas do deserto do Jalapão. “Eu sempre digo que quem sai do Jalapão primeiro é porque teve menos problemas do que os outros. Foi isso que aconteceu com a gente. Tivemos nossos problemas, como o suporte do motor que caiu, o câmbio que quebrou. Mas foram menos problemas do que os outros tiveram”, explicou Füchter, logo após completar a etapa entre São Félix do Jalapão, ainda no Tocantins, e Carolina, já no Maranhão, ontem.

Contando com a sorte – Fantozzi também teve um bom desempenho no deserto do Tocantins. “Na sexta etapa (entre Ponte Alta do Tocantins e São Félix do Jalapão) eu comecei a tirar a vantagem do Juca. Mas, na etapa seguinte, poupei a moto para não precisar mexer sozinho, já que a etapa era maratona (era proibido contar com o apoio e os próprios competidores tiveram de reparar suas máquinas)”, comentou o piloto.

Ontem, ele foi beneficiado com um erro de percurso de Juca Bala, que era o líder até então. Juca estava no km 30 da especial, quando deixou de passar por um dos Postos de Controle da prova. “Passei a uns 100 metros do carro da organização, mas tinha uma barreira de árvores na minha frente. Depois, passei por um carro que estava no meio da trilha e achei que era o PC, já que o cara estava anotando. Mas ele fez sinal para que eu continuasse e nem me importei. Quando cheguei ao fim da especial que percebi o erro”, explicou. “Agora, ficou muito difícil.”

A opinião de Guilherme Spinelli, segundo colocado entre as motos, é a mesma de Juca Bala. Ele está há 30 minutos de Füchter e dificilmente chegará a líder. “Só se acontecer alguma coisa. Mas estamos muito atrás.”

Este texto foi escrito por: Bruno Doro

Last modified: julho 16, 2001

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