Apesar de estar acontecendo em um território conhecido de muitos aventureiros, a 5ª etapa do Circuito Brasileiro de Aventuras, em Campos do Jordão, reserva grandes desafios aos seus participantes. Foi o que revelou Eduardo Portella, um dos diretores da prova que acontece no próximo fim de semana em entrevista exclusiva ao Webventure .
Segundo Portella, a competição contará com um total de 150 km. Desses, aproximadamente 60 km serão de trekking, 70 km de mountain bike e 20 km serão percorridos em uma modalidade que é uma novidade neste tipo de competição: o riden run biken run. “Ao invés de colocarmos dois atletas a cavalo e dois correndo, decidimos mudar um pouco: em um trecho da prova, haverá um atleta de bike, um a cavalo e dois a pé”, explica Eduardo. Os atletas também enfrentarão três provas de técnicas verticais: uma escalada, uma tirolesa de 100 metros e um rapel de 200 metros.
Sobe e desce – Como a maior parte da prova será percorrida pelos atletas sobre duas rodas, Portella avisa que é bom preparar o fôlego. Estamos em uma região de serra, cheia de subidas e descidas íngremes. Nestes momentos, um bom preparo físico será fundamental, completa.
Força física, porém, não deverá ser o único atributo para se dar bem em Campos do Jordão: como os competidores não contarão com o auxílio das equipes de apoio, precisarão montar uma boa estratégia principalmente para o transporte de mantimentos. Nesta prova, nenhuma decisão poderá ser considerada banal, afirma Eduardo.
Para reforçar a necessidade de uma boa estratégia, os mapas completos não serão entregues aos atletas antes da prova. Eles receberão no briefing as coordenadas até o AT (Área de Transição) 4, quando iniciam na modalidade riden run biken run. Somente neste AT eles receberão novos mapas para poderem prosseguir na prova.
Corrida virtual – Ao definir o percurso, a organização encontrou uma dificuldade: a grande maioria das trilhas da região de Campos do Jordão tem uma estrada à sua margem. Como evitar que os atletas utilizassem essas estradas? A solução encontrada foi colocar no caminho uma quantidade maior de PCs (Postos de Controle) virtuais.
Estes Pcs consistem em locais onde os atletas terão de encontrar respostas para perguntas feitas no Posto de Controle anterior. Na 2ª etapa do CBCA, em PETAR, por exemplo, os competidores recebiam em um PC a pergunta “O que você observou no caminho que é algo construído pelo homem?”. Como estavam fazendo um trecho de canoagem, teriam de passar pelo local correto para dar a resposta na chegada ao próximo PC.
“Acreditamos que a colocação de Pcs virtuais é melhor do que uma simples proibição. Os atletas terão a necessidade de passar pelos trajeto previsto para a prova”, conta Portella.
A previsão é de que a primeira equipe consiga completar os 150 km em 22 horas. As principais dificuldades, segundo os organizadores, devem ser alguns trechos de mata, onde não há trilhas claramente demarcadas e a orientação será fundamental.
O briefing – O briefing, reunião entre os atletas e a organização da etapa, será realizado amanhã (02/08) às 19h30 no Anfiteatro do Edifício Eng. Mário Covas Jr. (Administração), na Avenida Professor Luciano Gualberto, travessa 3, nº 380, Cidade Universitária (USP), São Paulo. Às 20h30 será realizado o briefing para os participantes da Mini Corrida de Aventura, prova para iniciantes paralela à etapa do CBCA.
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Este texto foi escrito por: Debora de Cassia
Last modified: agosto 1, 2001