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Brasileiros participam do Iron Bike italiano

Redação Webventure/ Biking

Detalhe da edição 2000 do Iron brasileiro (foto: Sérgio Amzalak/Tatarana Imagens)
Detalhe da edição 2000 do Iron brasileiro (foto: Sérgio Amzalak/Tatarana Imagens)

Aqui é Iron Biker, com o característico “r” no final. A competição mineira é considerada a maior da América Latina no mountain bike. Mas a Itália também tem o seu Iron, só que é o Iron Bike, sem “r”, que acontece todo ano desde 1994. Começou a ser realizado um ano após a criação da prova no Brasil e, acredite, a semelhança nos nomes é pura coincidência, segundo Gilberto Canaan, organizador da versão nacional.

A edição 2001 do Iron italiano está sendo realizada agora e tem brasileiro pedalando nela. Esses bikers têm uma semana para cumprir aproximadamente 500 quilômetros em altitudes de até 2.800 metros. Apenas 100 competidores são aceitos na prova italiana, das mais diversas nacionalidades: italianos, franceses, espanhóis, alemães, belgas, austríacos, holandeses, croatas e, claro, do Brasil. São tantas as coincidências que Canaan e Cesare Giraudo, o idealizador da prova na Itália, decidiram fazer este intercâmbio. O campeão lá está inscrito automaticamente no Iron brasileiro, marcado para outubro.

O Brasil participa deste evento desde 1998 e já obteve bons resultados em edições anteriores, entre eles um quinto e um oitavo lugar geral. Neste ano, o time conta com Antônio Gonçalves, o Ticorico, empresário e atleta de Minas Gerais, o também mineiro Leo Caiaffa, engenheiro e ciclista, e o carioca Mauro Felipe, ciclista.

Comparações – A versão nacional do Iron é mais enxuta. Costuma ter, em média, 120km, disputados em dois dias, entre Belo Horizonte e Ouro Preto (a cada ano, as cidades se revezam entre a partida e a chegada). Mas a prova brasileira chega a reunir mais de mil atletas, inclusive internacionais. Enquanto na Itália, a idade mínima para competir é 16 anos, aqui é de 7. Outra curiosidade: aqui, como na maioria das competições, os atletas de elite largam na frente. Lá, são os menos experientes.

O QG da prova italiana neste ano é a cidade de Cuneo. A primeira etapa, disputada no último dia 31, foi entre Saluzzo e San Damiano. A segunda, entre San Damiano e Virayssa, depois de Virayssa a Casteldelfino (etapa 3), de Casteldelfino a Crissolo (etapa 4), de Crissolo a Paesana (etapa 5) e de Paesana a Saluzzo (etapa 6).

Ticorico tem enviado relatos para o Brasil, que podem ser conferidos no site do Iron (www.ironbiker.com.br). No de ontem, escreveu sobre as dificuldades intensas do percurso. Acompanhe:

Neve e tombos“Hoje (01/08) tivemos mais um dia duríssimo. Desde ontem, quando atingimos os 2.800 metros de altitude, estamos percorrendo trilhas cobertas de neve. Os nossos pés congelam de frio. Foram 12 horas para percorrer os 90 km de subidas e descidas muito, mas muito fortes. Para se ter uma idéia, desses 90 km, 30 km foram carregando a bicicleta – nas subidas e até mesmo nas descidas.

O dia foi marcado por inúmeros tombos. O pessoal médico trabalhou duro: arranhões, escoriações, bolhas, curativos e muita dor muscular. O acampamento parece ser de “guerra”.”

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: agosto 2, 2001

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