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Segurança é fundamental no paraquedismo

Redação Webventure/ Páraquedismo

“Não tenho coragem de saltar de paraquedas. Fazer rapel, canionismo, rafting, aliás, tudo em que eu sei onde estou pisando, eu faço. Mas, saltar de paraquedas, nem pensar. Somente, se existisse um cabo de aço que fizesse minha segurança da aeronave até o chão”, argumenta a personal trainer Ana Paula Vilar.

O que ela e muitas pessoas não sabem é que, apesar de não existir um cabo ligando a aeronave ao chão, os saltos de paraquedas estão cada vez mais seguros. Os instrutores estão mais preparados para auxiliar os novatos e há o Código Esportivo da Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq), que regulamenta a atividade no Brasil e evita pequenos deslizes.

O mais importante é procurar uma escola ou empresa idôneas e com instrutores experientes. Informe-se com antecedência. Qualquer aluno, a qualquer tempo, poderá solicitar a licença de um determinado paraquedista que está lhe oferecendo um curso, com o intuito de averiguar se o mesmo é capacitado isso.

A maioria dos acidentes no paraquedismo é causada por falha dos próprios atletas. Seja por falta de conhecimento ou por imprudência, o menor descuido que se tenha, na maioria das vezes, é fatal.

Pouso
Segundo Ricardo Pettená, paraquedista há 30 anos, a maioria dos acidentes acontecem depois do paraquedas principal estar aberto. “Por alguma razão a maioria dos acidentes ocorrem no pouso. Normalmente, acontecem com atletas que têm entre 50 e 500 saltos por falta de experiência. Às vezes, o paraquedista acha que já sabe tudo e quer fazer manobras para as quais ainda não está apto e acaba se acidentando”, conclui Pettená.

Seguindo as normas da Confederação Brasileira de Paraquedismo, ou seja, usando equipamentos adequados e respeitando os seus próprios limites, o paraquedismo se torna um esporte muito seguro.

Principais dúvidas
A seguir veja as principais dúvidas daqueles que ainda não tiveram coragem para entrar numa aeronave e se atirar a cerca de 4.000 metros de altitude para uma simples ação: voar.

  • E se o paraquedas não abrir?
    Se o paraquedas não abrir, você pode sempre contar com o paraquedas auxiliar que tem dispositvo de abertura muito eficiente, chamado de Stevens, e é dobrado por um rigger a cada 120 dias, quando passa por rigorosa inspeção.

  • Se eu desmaiar em queda, o que acontece?
    Com o avanço da tecnologia, foram desenvolvidos dispositivos de acionamento automático extremamente precisos que acionam o paraquedas auxiliar em caso de desmaio do paraquedista, por exemplo.

  • Pessoas com problemas cardíacos correm algum risco ao saltar?
    É obrigatório um atestado médico, provando capacidade física para o salto. Emoção, ansiedade, medo, adrenalina, são algumas das sensações que as pessoas enfrentam ao saltar de paraquedas. Uma pessoa cardíaca não deve saltar, evitando assim passar por situações extremas.
  • Existe idade mínima e máxima para a prática do paraquedismo?
    Para o salto duplo, é preciso ter mais de 8 anos, abaixo disso não é recomendável. Já para o curso de formação de um paraquedista, o pretendente deve ter o mínimo de 15 anos ou mais. Caso seja menor de 21 anos deve portar autorização dos pais.

  • É preciso fazer exame médico para saltar?
    Sim. O atestado de capacitação física para praticar paraquedismo é obrigatório.

  • Quais os requisitos físicos para o paraquedismo?
    Você não precisa ser um atleta nato. Mas certamente deve ter menos de 110 quilos para utilizar os paraquedas. Paraquedistas pesados (acima de 90 kg) terão problemas para saltar com outros paraquedistas pela diferença na razão de queda.
  • Como sei em qual altitude devo abrir o paraquedas?
    Todos devem saltar com um altímetro e checar sempre a altura. Existem também altimetros sonoros, que apitam em alturas pré-determinadas pelo paraquedista. Essa altura geralmente é a de separação do grupo para abrir os paraquedas à distância e em segurança.
  • Deficientes auditivos, visuais e físicos podem saltar?
    Deficientes visuais, só com salto duplo. Já os deficientes auditivos não têm tanta restrição, pois não existe a comunicação verbal em queda-livre. Já os deficientes físicos, dependendo da deficiência, podem se formar paraquedistas, mas certamente todos podem realizar um salto duplo.
  • E se eu desistir na hora?
    Busque o apoio do seu instrutor. Ele saberá como proceder no momento e passar confiança, convencendo-o de que o paraquedismo é um esporte singular que traz muitas alegrias e emoções. Mas atirar-se do avião, só depende de você.

    Este texto foi escrito por: Webventure

    Last modified: agosto 16, 2001

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    Redação Webventure
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