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Os procedimentos básicos do salto

Redação Webventure/ Páraquedismo

Posição de queda livre: corpo selado (foto: Reprodução)
Posição de queda livre: corpo selado (foto: Reprodução)

O salto possui alguns procedimentos básicos, que visam principalmente a segurança do paraquedista e devem ser aprendidos em curso em uma escola. Esses procedimentos são executados sempre na mesma ordem.

Selar
O primeiro movimento no salto, logo após a saída de dentro do avião, é “selar”. Significa voar de barriga para baixo, mantendo o umbigo (ou os glúteos) abaixo do plano do corpo, dando estabilidade ao paraquedista em queda livre.

Checar o altímetro
O segundo procedimento importante é verificar o altímetro. Para isso, o paraquedista, que está ‘selado’, deve somente virar o pulso do braço esquerdo, sem fazer movimentos bruscos. Esse procedimento visa o controle da altura e a abertura do paraquedista principal na altura correta, chamado também de velame principal (o reserva também é velame).

Acionar o paraquedista principal
O acionamento do paraquedista principal será feito com a mão direita, lado onde está localizado o punho de acionamento. Basta puxá-lo para que o pilotinho (uma espécie de mini paraquedista redondo) saia e com o arrasto do vento, este pilotinho extraia a bolsa onde está estocado o paraquedista principal, inflando-o. Desde o momento em que o paraquedista lança o pilotinho ao vento relativo, até a abertura do seu paraquedista, que dura em média 5 segundos, o corpo é desacelerado de 200km/h para uns 15km/h, que corresponde à razão de queda de um paraquedista moderno.

Cheque visual
Assim que o paraquedista se abrir é preciso fazer o cheque visual, ou seja, olhar para cima e verificar se o paraquedista está inflado corretamente (forma retangular), se as linhas estão esticadas, desembaraçadas e se não há nenhuma rompida. Verificar também se há boa dirigibilidade, se as células do velame (bolsas por onde entra o ar que pressuriza a estrutura) estão todas infladas, e se o slider (acessório presente em todos os velames que possibilita uma abertura em etapas) está aberto. Caso contrário, o velame, literalmente explodiria, na abertura.

Cheque funcional
Após o cheque visual é feito o cheque funcional, no qual o paraquedista verifica se o equipamento está funcionando perfeitamente. O procedimento, que consiste em testar os dois batoques (punhos que ficam acima da cabeça e servem para dirigir o paraquedista) e testá-los: olhar para a direita, puxar o batoque com toda a extensão dos braços e “contar até cinco” (do 1000, 2000, 3000, 4000 ao 5000). Depois, virar para a esquerda e repetir o mesmo procedimento.

Navegar o paraquedista
Uma vez aberto o equipamento, o paraquedista o dirigirá até a área de pouso. Quando o paraquedista estiver se aproximando do solo, os dois batoques deverão ser puxados com toda a extensão dos braços para poder frear. Porém, o movimento de puxar o batoque com toda a extensão dos braços deverá terminar quando se tocar ao solo. Caso contrário, o paraquedista pode desinflar e cair (estolar).

Importante: para saltar, além de aprender a teoria, é preciso praticar os movimentos em terra e, só depois, no ar, sempre seguindo as instruções de um profissional especializado.

(*) A reportagem do Webventure participou das aulas teóricas dos cursos de Salto Duplo de Instrução e AFF a convite da Azul do Vento.

Este texto foi escrito por: Romena Coelho*

Last modified: agosto 22, 2001

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