“Um por todos e todos por um”. O velho lema dos Três Mosqueteiros parece que foi feito também para os saltos de grandes formações do pára-quedismo. É que, no ar, qualquer falha de uma pessoa pode pôr a perder meses de trabalho duro, mesmo que centenas de outros atletas tenham tido uma performance impecável. “Não importa se você é o top do pára-quedismo ou uma atleta menos experiente. Na formação, um depende do outro, não essa de um ser o melhor”, ensina Carmen Pettená.
Pára-quedista residente em Deland (EUA), uma das centrais da modalidade no mundo, Carmen abraçou o projeto audacioso de organizar as tentativas de recorde mundial de formação em queda livre com atletas brasileiros. A idéia é formar, em queda livre, uma figura geométrica unindo 109 atletas.
São várias as implicações de um salto de grande formação. Para que ele aconteça, é preciso ter uma altitude de 18 mil pés, equivalente a 5,4 mil metros. Por isso, é preciso que os pára-quedistas usem máscaras de oxigênio. Existe uma ordem para que os atletas saltem – eles estão divididos em grupos de até 20 pessoas, com um capitão para cada parte da figura. Cada um já sabe que posição vai ocupar nela. O ponto mais delicado é o centro da figura, onde ela começa a ser formada.
Instantâneo – Detalhe: há apenas um minuto e meio para que tudo aconteça. E, para que a formação seja considerada um recorde, deve ficar estável durante três segundos.
Carmen se diz confiante de que o Brasil possa chegar lá: Estou muito motivada com o desempenho e o nível técnico da equipe brasileira, que conta com uma mistura de pára-quedista experientes, que já participaram de outros recordes, e jovens que mostram toda a sua garra. Isso prova o desenvolvimento do esporte no país. Esta é a nossa chance de entrar para o Guiness Book com o recorde mundial.
As tentativas oficiais acontecem nos dias 1 a 4 de novembro, na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, com cobertura oficial do Webventure.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: outubro 26, 2001