Vítor capitão da Lontra atual vice-campeã da EMA (foto: Gustavo Mansur)
A Discovery Travel Adventure & Discovery Health Lontra Radical Caloi apresenta-se como a equipe com maior regularidade e bons resultados desde o início das corridas de aventura no Brasil. Formada originalmente pelo capitão Vítor Lopes e o navegador Luís Antonio Teixeira, ganhou o reforço de dois fortes atletas para buscar a vitória na EMA 2001: Rafael Ramos (campeão em 99, com a Quasar) e Marina Verdini.
“Entre as brasileiras, a nossa equipe é a única que pode vencer”, diz Vítor, apontando como demais favoritas as estrangeiras Nokia, Subaru e a atual campeã, Epinephrine. Confira a entrevista concedida ao Webventure nesta manhã, em Santarém (PA).
Webventure – A Lontra é apontada como uma das favoritas, senão “a” favorita entre as equipes brasileiras. Isso ajuda ou só faz aumentar a responsabilidade?
Vítor Lopes – Sem dúvida aumenta a responsabilidade. Mas, se existe cobrança, é pelos resultados que a gente já obteve. Portanto, apesar de a responsabilidade aumentar, a gente sabe que tem condição de enfrentar os estrangeiros de igual pra igual. Aliás, diria que só a nossa equipe, entre as do Brasil, tem chance de ganhar. E eu também apontaria como favoritas mais três estrangeiras: a Subaru, a Nokia e a Epinephrine.
Webventure – O que vai definir a prova, na sua opinião?
Vítor – Existem inúmeros fatores, entre eles o calor, a alimentação e a hidratação, enfim, a preparação em geral. Mas a nossa equipe visa atingir cada PC (Posto de Controle), sem se preocupar com os que virão no futuro. Cada PC é uma etapa, uma vitória.
Webventure – Você acha que, por estar mais acostumado ao calor, os brasileiros têm uma vantagem sobre os estrangeiros ou está todo mundo igual porque ninguém mora aqui na Amazônia?
Vítor – Acredito que tenhamos a vantagem pelo fator de termos feitos muitas provas na Mata Atlântica, que é uma vegetação diferente, mas também é de mata, dá para fazer uma certa equiparação. O calor certamente também vai prejudicar os estrangeiros.
Webventure – Mesmo sem ainda ter visto detalhes do percurso, em quanto tempo você acha que concluirá a prova?
Vítor – Como aqui é plano, o trekking, mesmo com as dificuldades de charco e de mata fechada, tende a ser mais rápido do que em Mata Atlântica, que tem mais elevações. O mesmo vale para o ciclismo. Acredito que terminaremos em quatro dias.
Este texto foi escrito por: Gustavo Mansur
Last modified: novembro 24, 2001