Alter-do-Chão a praia mais famosa do Alto Tapajós (foto: Paratur – Cia Paranaense de Turismo)
Em noite de lua cheia, uma belíssima praia fluvial, onde funciona um resort está pronta desde o início da noite de hoje para receber a equipe vencedora da EMA 2001 – e também todos os heróicos times que sobrevivem na competição. Em Alter-do-Chão estão os jornalistas, as equipes de filmagem, o portal inflável que marca a largada e o fim da prova. A finlandesa Nokia tem tudo para comemorar o título na categoria Expedição: desde esta tarde registrou mais de três horas de vantagem na canoagem com embarcações locais (catraias) sobre a brasileira Lontra Radical, que recuperou a vice-liderança.
A vitória da Nokia seria a terceira de uma equipe estrangeira no evento. Na estréia, em 1998, quem arrebatou o título foi a Neo-Zeland. No ano seguinte, uma equipe do Brasil, a Quasar. Em 2000, a americana Epinephrine foi a mais rápida. Também seria o terceiro vice-campeonato da Lontra, que já terminou nesta posição em 1999 e no ano passado (veja o link “Edições Anteriores”, em A EMA).
Tudo contra – Nesta etapa final da EMA Amazônia, as equipes remam contra o vento e a correnteza do rio Amazonas. Elas saíram do Posto de Controle 18, numa ilha fluvial, e sobem o rio. As canoas, já usadas no primeiro dia de prova, foram adaptadas com velas para a corrida. Originalmente as velas eram usadas pelos locais, mas, com o tempo, foi dispensada no dia-dia. Para aumentar a velocidade, a Nokia está usando uma espécie de vela, em forma de pipa, que segura na mão. O recurso já foi usado por equipes no Eco-Challenge 99.
O momento de maior dificuldade deverá ser a entrada em Alter-do-Chão, que fica na foz do rio Tapajós, também com correnteza contra. O time finlandês está navegando praticamente junto com a neo-zelandesa www.sportzhub.com.nz, que seria líder da categoria Aventura. Até a 0h20 desta sexta-feira, eles não haviam cruzado o PC 20, o penúltimo.
Onde estão os outros? – Nos últimos dias tem sido difícil saber a posição exata dos demais times da Expedição e os da Aventura. Com uma “varredura” no percurso, hoje, a organização certificou-se de que todos já tinham iniciado o longo trecho de duck (caiaques infláveis). O problema é que a etapa demorava 16 horas, em média, para ser cumprida e muita gente parava no meio do ´caminho´ pata descansar.
Muitos times realizaram parte da descida ontem à noite, encontrando corredeiras de assustar. Na Aventura, comandada por José Roberto Pupo, consultor do Webventure que já foi treinador da seleção brasileira de canoagem e é considerado um dos experts em rafting no Brasil, os demais integrantes preferiram seguir caminhando pela margem. Pupo desceu sozinho com os dois barcos nas quedas maiores. Mais tarde, já no trecho de bike – que alguns times ainda devem estar terminando nesta noite – eles fizeram até uma pausa para o lanche e o descanso. “Não estamos preocupados com o resultado”, justificou o capitão.
Duas equipes abandonaram a prova nesta quinta-feira. A mexicana K2 e a paulista Eldorado BY pediram resgate, aumentando para 16 o número de desclassificadas.
A última informação divulgada pela organização da EMA indica que estão na categoria Expedição, além da Nokia e da Lontra, a A.P.N., a Anda Tapazjós, a Dark Dog (Uruguai), Dark Dog, Rosa dos Ventos, Bosi Jeans, Scott, N.X.R., Tribo dos Pés/Brasil 500 Anos, Finaustria, Seqüóia, Progress I Bike, Adventure Bosi (Colômbia), Bichodomato.net, Outback, Buenos Aires e Nutry. Na Aventura aparecem: www.sportzhub.com.nz, Ensieme, www.grupoitatiaia.com, Terra da Luz, Oskalunga, Aventura, International Adventurers, F.S.B. Azimute, Escoteiros da Pátria, Tucandeira, Primos da Mata, UTL Aventura, EnduranceAventure.com, Target Olympikus e Samuel Hannam.
Este texto foi escrito por: Gustavo Mansur e Luciana de Oliveira
Last modified: novembro 30, 2001
