A aventura começou no sábado à tarde, Tansini e Dotto resolveram mostrar o lugar descoberto há pouco tempo para o amigo Bozana, que agora reside em Porto Alegre (RS). Devido à impossibilidade de conseguirmos a camionete de sempre, utilizamos o nosso ultra moderno “Jip Xeroki”, uma rural, de propriedade do amigo Bozana. Saímos logo após o meio dia, para retornarmos o mais cedo possível, para evitar a noite.
O local escolhido para a aventura localiza-se em Santa Margarida do Sul, e fica a exatos 50 km do local da partida do grupo. Na Br – 290, o jipe portou-se de uma forma o quanto esquisita, pois não queria andar em linha reta, fazendo com que o piloto Bozana colocasse em prática toda a sua técnica (várias experiências anteriores). Chegamos até a propriedade do Seu Fafá, onde está localizado o chamado “Paraíso da Aventura”, e constatamos que devido a chuva, a passagem estava muito dificultada pelo barro, mas nada é páreo para o nosso jipe e fomos até o local da aventura.
Chegamos então até a cachoeira, e suas águas estavam com uma força surpreendente. Resolvemos fazer um rapel pela lateral. Primeiro foi Bruno, a parede estava realmente lisa, e o vento fazia com que a água que descia da cachoeira viesse toda a nosso encontro. Foi realmente emocionante. Depois desceram Bozana e Tansini, respectivamente. Uma descida belíssima de todo o grupo.
O problema após a descida foi decidir como subir, pois estávamos isolados no pé da cachoeira! Resolvemos então utilizar a técnica chamada de “Prusic”, onde o aventureiro sobe na corda com a ajuda de dois cordeletes. Bruno foi na frente, acompanhado logo após por Bozana. Cristiano subiu por último, e estava um pouco irritado, pois estava bastante frio e ele foi deixado de “castigo” por Bruno e Bozana, uma falha que não deverá mais ocorrer.
Desmontamos o acampamento ainda no horário previsto, e nos dirigimos para o carro. Agora vem a parte mais emocionante e mais drástica de toda a aventura: por um motivo desconhecido, a nossa importada resolveu não responder aos comandos do nosso super piloto Cristiano Moreira, vulgo Bozana, e se entregou ao barro. A noite já estava próxima, e após várias tentativas de desatolamento, resolvemos telefonar para o Camilo, irmão do aventureiro Bruno, e pedir uma carona. Só que no local onde estávamos, nem mesmo uma Cherokee verdadeira chegaria. Então tivemos que caminhar uns 6km pelo campo e pela estrada até encontrarmos o veículo que nos levaria para casa.
A aventura recomeçou no outro dia, onde Cristiano Tansini e Bozana retornaram de moto ao local onde a nossa “nave” havia ficado. Conseguiram um trator com o vizinho do Seu Fafá, e retornaram para casa. Esta aventura ficará na nossa lembrança para sempre, pois foi uma aventura onde o grupo teve pontos fracos e também uma grande força de união, formando uma verdadeira equipe. Obrigado Deus, por permitir que façamos uma aventura tão maravilhosa!
Este texto foi escrito por: Bruno Reis Dotto
Last modified: maio 15, 2002