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Mini-EMA gerou polêmica entre os atletas

Redação Webventure/ Corrida de aventura

A maioria das equipes abandonou a prova após o trecho de duck  feito de madrugada. (foto: Camila Christianini)
A maioria das equipes abandonou a prova após o trecho de duck feito de madrugada. (foto: Camila Christianini)

A 5ª etapa do Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura, a Mini-EMA, que foi realizada na cidade de Tapirai (SP), a 150 km da capital paulista, gerou polêmica.

A largada aconteceu no Hotel Fazenda Encontro das Águas. As 51 equipes participantes largaram às 15h do último sábado (06/07), e percorreram 160 km da região de Mata Atlântica através de muita orientação, bike, trekking, canionismo, canoagem em caiaques infláveis e canoas canadenses.

Na madrugada a temperatura chegou a 0º C e muitas equipes acabaram desistindo da prova no meio do percurso. No total eram 21 postos de controle (PC), mas logo no PC9, após o trecho de canoagem, grande parte das equipes já tinham abandonado a prova. O intenso frio no rio, durante a noite, foi o maior inimigo das equipes.

Revolta – Alguns competidores reclamaram da falta de segurança neste trecho. “O risco de quebrar uma perna, um braço ali, era muito grande. O socorro só chegaria se a organização arrumasse um helicóptero para erguer a pessoa na rede, porque de outra forma não chega resgate lá”, disse um integrante da equipe Tucandeiras.

“Não tinham trilhas pra ninguém chegar lá. As trilhas eram feitas do lado do rio. Impossível chegar lá”, completou um outro colega de equipe. “Ter um apoio numa prova como essa já era uma grande ajuda”.

O conhecimento de primeiros socorros não era obrigatório; apenas o kit. “Muitas equipes não sabem nem dar remédio. Não sabem o que fazer com o kit de primeiros socorros”.

Alexandre Freitas, organizador da prova e um dos nomes mais experientes no Brasil em corridas de aventura, disse que está procurando fazer as provas equivalentes às de nível internacional.”Isso é o que acontece fora. As equipes têm que ter total auto-suficiência”.

“Quer dizer que se meu amigo estiver morrendo lá na estrada ninguém vai ajudá-lo e ele vai morrer lá mesmo?”, disse indignada a integrante da equipe Pequi Nativo.

“Realmente foi uma prova para gente grande. Só se deu bem as equipe mais experientes”, disse Karina, da equipe Atenah, campeã da Mini-EMA.

Este texto foi escrito por: Camila Christianini

Last modified: julho 10, 2002

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