Com o colega Índio (esq) Collet festeja mais um Rally completado num quadriciclo. (foto: Luciana de Oliveira / www.webventure.com.br)
Direto de Fortaleza (CE) – Primeiro a terminar um Rally dos Sertões num quadriciclo, em 2001, o paulista Carlo Collet repetiu a dose neste ano e foi o melhor neste tipo de veículo. E mais: conquistou o sexto lugar na geral (a classificação inclui as Motos).
Neste ano foi bem mais legal, com mais quadriciclos andando, avalia o piloto. Eu cheguei mais à frente, fiquei em sexto no geral e isso aconteceu pela experiência do ano passado. Aprendi que não é só andar forte, tem que pensar em terminar as especiais e não quebrar, não errar. Tem que ter calma para poder chegar.
Neste final, Collet só lamentou não ter ao seu lado o amigo Robert Nahas, que ele chama de arqui-rival dentro das pistas. A disputa estava boa com o segundo colocado, o Robert. Eu abri uma diferença e a partir do quarto dia passei a administrar e ele, a tentar tirar a desvantagem. Infelizmente, acabou sofrendo um acidente, lembra.
Nahas capotou na etapa 7 e teve de abandonar a prova com fraturas na bacia. Acho que foi mais pela falta de experiência no Rally dos Sertões do que por forçar demais. O Rally é uma prova muito longa, difícil, cansativa. Você começa a dormir pouco, acordar cansado e tem que prestar muita atenção em planilhar, destaca Collet.
Quadri versus moto – O piloto se acostumou a lidar com a curiosidade das pessoas para quem o quadri ainda é uma novidade. O único ponto em que este veículo perde para as motos é nas retas porque tem velocidade final pequena só 130 km/h. No resto, vem bem. Com quatro rodas você freia mais, consegue controlar melhor nas curvas, passa melhor por areião e água e não precisa se equilibrar. Eu acho bem emocionante.
Para o amigo Robert, Collet deixou uma mensagem: Eu adoraria que ele estivesse aqui, nem que fosse para eu terminar em segundo lugar.
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira
Last modified: agosto 2, 2002