O Governo Federal, o Fundo Global Ambiental (GEF), Banco Mundial e a organização não-governamental Fundo Mundial para a Natureza (WWF), assinaram nesta terça-feira um projeto inédito, que deve triplicar a área conservada da floresta amazônica brasileira. A área preservada será de 500 mil quilômetros quadrados, o equivalente a duas vezes o tamanho do Reino Unido. O projeto -chamado de Programa Regional de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa, na sigla em inglês)- terá um prazo de dez anos para ser implementado.
Segundo o governo brasileiro, os cerca de US$ 395 milhões previstos no projeto serão investidos em “preservação de espécies, exploração sustentada dos recursos naturais e preservação da biodiversidade genética da floresta” até 2012. A primeira fase do Arpa vai criar, até 2006, uma área protegida de 90 mil metros quadrados na Amazônia, a ser transformada em parques nacionais e reservas biológicas.
Outros 90 mil metros quadrados passarão a ser considerados áreas de desenvolvimento sustentável, ou seja, reservas onde a extração de recursos poderá ser feita de forma não predatória. “Somente com este programa, protegeremos 3,6% das florestas tropicais do mundo. É uma honra para a nossa organização estar participando desse projeto”, disse Claude Martin, o diretor geral da WWF.
A Rio+10 termina nesta quarta-feira. Os chefes de estado de mais de 100 países se reuniram em Johannesburgo desde o ultimo dia 26 de agosto para discutir a questão ambiental no planeta. Fazem parte da pauta desta megareunião temas muito amplos como a como a erradicação da pobreza, a mudança dos padrões de produção, consumo e manejo de recursos naturais e o desenvolvimento sustentável.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: setembro 3, 2002