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Brasil deve chegar ao cume nesta quinta

Redação Webventure/ Montanhismo

A subida do Flanco do Lhotse. (foto: www.niclevicz.com.br)
A subida do Flanco do Lhotse. (foto: www.niclevicz.com.br)

Os alpinistas brasileiros Waldemar Niclevicz e Irivan Burda prevêem chegar ao cume do Everest (8.848m), a maior montanha do mundo, nesta quinta-feira (03/10), após 57 dias de expedição. Niclevicz anunciou hoje que desistiu de tentar o cume sem o uso de oxigênio, fato que até então promovia como um diferencial desta escalada. Se chegarem ao cume, será a segunda vez que o Brasil obtém a façanha.

Apenas Niclevicz e Irivan farão o ataque. Hoje, após o que foi relatado como 12 horas de escalada debaixo de muito frio e neve, rumo ao acampamento 4 do Everest (último, a 8 mil metros), Marcelo Santos e Alir Wellner teriam se sentido mal por causa do ar rarefeito e retornaram ao acampamento-base (5.400m), onde se encontra outro integrante da equipe, Paulo Souza.

Foi informado que Marcelo, o Bonga, apresentou sintomas de congelamento nas extremidades dos dedos, falta de ar e formigamentos. E que Alir teve uma indisposição estomacal.

Na Zona da Morte – Niclevicz escreveu, no relato diário no site www.obrasilnoeverest.com.br, que ele e Irivan chegaram ao Colo Sul sem usar oxigênio. Para não pôr em risco o sucesso da expedição e por questões de segurança, ele decidiu que os dois utilizarão ar engarrafado no ataque final ao cume.

“Tomamos essa decisão por questões de segurança, uma vez que existe uma dependência mútua entre o Irivan e eu, neste que é o momento mais importante de toda a escalada”, disse. “É importante entender que, a partir dos 7.500 metros, enfrentamos a ‘Zona da Morte’, onde nossas células não se multiplicam mais. Não quero colocar em risco mais essa importante vitória do alpinismo brasileiro.” O feito coincidiria com o fato de este ser o Ano Internacional da Montanha.

Até hoje apenas 10% dos que já alcançaram o cume do Everest o fizeram com o ar de seus pulmões. Com oxigênio artificial, Niclevicz e o teresopolitano Mozart Catão se tornaram os primeiros brasileiros – e até agora únicos – a chegar ao cume do Everest, em 1995.

A expedição prevê ainda a escalada do Lhotse, quarta maior montanha do planeta (8.501m), vizinha do Everest.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: outubro 2, 2002

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