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A Atividade Contra-Resistência – parte 2

Redação Webventure/ Corrida de aventura, Outros, Trekking

Dando continuidade ao artigo em que discuti alguns pontos a respeito de Musculação e todo o conservadorismo e idéias arcaicas que cercam esta importante atividade física, comentarei agora um pouco sobre a utilização deste fabuloso recurso na complementação dos diversos tipos de treinamento esportivo.

Como disse anteriormente, além da conhecida Hipertrofia, procurada nas academias por todos os não-atletas interessados em ficar bonitos e fortes, ainda existem outras valências (classes) de força, tais como Força Máxima ou Pura, Força de Explosão, e Força de Resistência.

Força Pura – A primeira valência, Força Pura, é entendida como a capacidade máxima de imprimirmos uma força em um objeto de tal maneira que ocorra um deslocamento ou que consigamos mantê-lo inerte contra a resistência da Força de Gravidade. Esta capacidade é muito utilizada em desportos acíclicos, onde é necessário o emprego de uma força dinâmica extrema em curtos intervalos de tempo. O judô é um bom exemplo de sua utilidade.

Força de Explosão – É tecnicamente subdividida em três subvalências. A capacidade de realizar um movimento explosivo a partir de uma posição estática, como a partida de um bloco de atletismo ou uma largada de natação, é a Força Explosiva de Largada. Manter uma velocidade relativamente alta e uma quantidade elevada de repetições de um movimento que contenha uma sobrecarga, tal como o remo e o ciclismo, é a Força Explosiva de Resistência. A Força Explosiva, que pode ser resumida como Velocidade acrescida da componente Força, obrigará a diminuirmos o número de repetições acrescentando intensidade à carga. Esta valência é encontrada em esportes como vôlei, natação e basquete.

Força de Resistência – Como última, porém mais importante capacidade de força para o nosso caso, as corridas em trilhas e outras atividades de endurance(resistência) como as corridas de aventura, temos a Força de Resistência.

Ela representa a capacidade de suportar a fadiga durante atividades de longa duração, como uma volta na Ilha Grande correndo, que fizemos, Giovanni Mello e eu, em quase vinte e seis horas, ou a volta na Floresta da Tijuca, correndo por mais de oito horas.

Seu treinamento deve sempre ser feito com pouca carga e um elevado volume, chegando ao extremo de uma série de um determinado exercício não ser contada por número de repetições mas por tempo de execução, que pode chegar a vários minutos ininterruptos!

Treinamento – Contudo, essas valências físicas não são treinadas isoladamente, uma para cada necessidade esportiva. O segredo do treinamento desportivo está em conjugar estas capacidades físicas na proporção correta para exacerbar as características que nos interessam ao planejar o macrociclo do atleta.

Existe uma maior preponderância e necessidade de uma das valências, mas todas, ou quase isto, devem ser treinadas para atingirmos o objetivo ótimo e a performance máxima. O problema, e a conseqüente solução, encontra-se em sabermos como o organismo responderá a cada tipo de treinamento de força, separado ou em conjunto, para conseguirmos chegar ao fim do macrociclo de treinamento com todas as capacidades em seu maior potencial, coincidindo com a data daquela competição que tanto esperamos.

E só um profissional possui condições de planejar e executar o método de periodização escolhido para cada caso específico, tendo como alvo final do ciclo o sucesso!

Clique aqui para ler a primeira parte desta coluna.

Este texto foi escrito por: Carlos Sposito

Last modified: novembro 19, 2002

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