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Na Rota do Rally Paris-Dakar 2003: África: Duas x quatro rodas

Redação Webventure/ Parceiros

Desde a primeira edição do Rally Paris-Dakar, em janeiro de 1979, a disputa entre os veículos de duas e quatro rodas aqueceu a competição. Na verdade nesta primeira prova a categoria era única e não havia distinção entre motos, carros ou mesmo caminhões. O grande vencedor foi o francês Cyril Neveu com uma motocicleta Yamaha XT 500.

Aquela vitória gerou um barulho muito grande, criando uma nova tendência no mundo das duas rodas (as motos de grande cilindrada com apenas um cilindro monocilíndricas). E dizem, à boca pequena, ter provocado uma reação da indústria automobilística, que exigiu a criação de categorias distintas, não querendo ver uma moto chegar na frente de um carro.

Anos se passaram e algumas comparações, inevitavelmente, continuaram sendo feitas. Durante a realização da prova, os próprios organizadores tentam fazer com que esta convivência seja pacífica. Mas com o passar do tempo acabou surgindo uma nova disputa entre as duas e quatro rodas, mas desta vez não entre carros e motos e sim entre automóveis com tração nas quatro rodas, chamados 4×4, e os buggies, com tração apenas nas duas rodas traseiras, os 4×2.

A tradição era toda a favor dos 4×4, mas aos poucos os buggies foram aperfeiçoados até que o francês Jean-Louis Schlesser, depois de anos de tentativas, acertou a receita de seu protótipo e venceu duas vezes com 4×2, em 1999 e 2000. Ao mesmo tempo ele passou a fazer parte do comitê que decide as regras do regulamento, que hoje conta com várias facilidades para os buggies, que tinham a desvantagem da tração em um só eixo.

Hoje estes bólidos têm a grande vantagem do peso mínimo ser 600 quilos mais leves que os carros. Também têm direito à suspensão com curso muito maior e podem ser 20 centímetros mais largos. As equipes são fortes dos dois lados. Talvez a grande diferença seja o ser humano, a dupla piloto e navegador. Quem bom!

Acompanhe a cobertura do Paris-Dakar pelo site www.parisdakar.com.br

Klever Kolberg, 40, é piloto da Equipe Petrobras Lubrax e participa do rali Paris-Dakar há 15 anos.

A Equipe Petrobras Lubrax tem patrocínio da Petrobras, Petrobras Distribuidora, Mitsubishi Motors do Brasil, Pirelli, e apoio da Controlsat Monitoramento Via Satélite, Minoica Global Logistics, Mitsubishi Brabus, IBM, Planac Informática IBM Business Partner, Nera Telecommunications, Telenor Satellite Services AS, Kaerre, Capacetes Bieffe, Lico Motorsports, Artfix, Sadia, Dakar Promoções, Vista Criações Gráficas, Kodak Professional, Adventure Gears, Mercedes-Benz Caminhões e site Webventure (www.webventure.com.br).

Este texto foi escrito por: Klever Kolberg – Da Tunísia

Last modified: janeiro 9, 2003

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