Foto: Pixabay

Resultados conquistados surpreendem a própria equipe

Redação Webventure/ Offroad

Jean (em primeiro plano) abriu espaço entre atletas das equipes de fábrica. (foto: Ricardo Ribeiro/Vipcomm)
Jean (em primeiro plano) abriu espaço entre atletas das equipes de fábrica. (foto: Ricardo Ribeiro/Vipcomm)

A equipe brasileira que disputa o Dakar, formada por André Azevedo, Jean Azevedo, Lourival Roldan e Klever Kolberg, conseguiu superar duas semanas de competição e chegou inteira ao dia de descanso da prova, em Siwa, no Egito. Até aqui já foram percorridos 5.783 quilômetros, dos 8.552 no total entre Marselha, na França, e Sharm El Sheikh, também no Egito. O fator de maior comemoração até aqui é o fato de equipe chegar completa à este ponto. Mas resultados como os que Jean vem obtendo surpreendem o próprio time brasileiro.

Numa análise antes da prova, quando os pilotos da equipe Petrobras Lubrax identificaram os concorrentes, avaliando as possibilidades em cada categoria, chegaram às seguintes conclusões: nas Motos largaram 12 oficiais de fábrica, quatro KTM bicilíndricas 950 cilindradas e oito 700cc, consideradas as favoritas para ocuparem as 12 primeiras colocações.

Jean Azevedo está pilotando uma KTM 660, idêntica a de outros 50 concorrentes, e apesar da menor potência e menor infra-estrutura de apoio, o brasileiro ocupa a quinta colocação na classificação geral e é líder das categorias Marathon e Production (para motos iguais a dele). Ou seja, o resultado é muito superior que qualquer previsão otimista.

Furando a artilharia – Nos Carros, acontece a mesma coisa. Largaram 18 veículos oficiais de fábrica, mais 15 “semi-oficiais”, todos muito mais preparados que o Mitsubishi Pajero Full de Klever Kolberg e Lourival Roldan. Mesmo assim, o carro da equipe Petrobras Lubrax conseguiu “furar a artilharia” e ocupar o 14º lugar na geral.

A dupla, no entanto, vem enfrentando problemas mecânicos. Primeiro com os freios, depois com a perda de potência do motor nas dunas. Outra preocupação de Klever é que o apoio contratado – Ralliart – em conjunto com outros sete carros – perdeu dois dos três caminhões de assistência por problemas mecânicos. “Isso significa que temos menos peças de reposição e diminuiu o número de mecânicos”, avalia.

Luta pelo título – André Azevedo briga pelo título na geral de Caminhões, onde correm cinco os caminhões de fábrica. O Tatra do brasileiro seria o sexto com mais chances, mas até aqui o terceiro lugar do pódio está sendo ocupado pelas cores do Brasil.

O Dakar não tem dado trégua para os competidores. Das 162 motos que largaram em Marselha, 53 já deixaram a prova. Nos carros, 56 dos 130, quase a metade, ficaram pelo caminho. E os caminhões tiveram a menor baixa: apenas 17 dos 51 pararam. Ou por quebra nos veículos, acidentes ou desistência.

Após 11 etapas, o líder nas motos é o francês Richard Sainct, seguido por outro francês, Cyril Despres, e pelo italiano Fabrizio Meoni.

Nos carros, Stephane Peterhansel, com o novo Mitsubishi Pajero Evolution, está na ponta e o japonês Hiroshi Masuoka aparece em segundo, também de Pajero. Gregoire De Mevius, da Bélgica, líder da categoria Super Production Diesel, a mesma de Kolberg e Roldan, segue em terceiro na lista com BMW.

Nos caminhões, o holandês Gerardus De Rooy, de DAF, lidera. O russo Vladimir Tchaguine, da equipe de fábrica Kamaz, é o segundo.

O Dakar 2003 termina no próximo domingo (19/01), no Egito.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: janeiro 13, 2003

[fbcomments]
Redação Webventure
Redação Webventure