Siwa no Egito foi um dos lugares pela qual a caravana do Dakar passou. (foto: Nissan Rally Raid Team)
Começa a contagem regressiva para o final da edição histórica dos 25 anos do Dakar. A prova terminará domingo em Sharm El Sheikh, no Egito, quando competidores de carros, motos, caminhões e quadriciclos terão completado 8.552 quilômetros desde a largada em 1º de
janeiro na cidade de Marselha, na França. A caravana do Dakar já cruzou a França, a Espanha, a Tunísia e a Líbia, e se prepara para as três últimas etapas em território egípcio antes da chegada às margens do Mar Vermelho.
“Não vejo a hora de chegar domingo. O Dakar é uma prova muito cansativa e desgastante: pilotamos várias horas por dia no deserto, dormimos em barracas, não é fácil conseguir tomar um bom banho, o frio é intenso à noite e a comida é a mesma desde que entramos na África, dia 4 de janeiro. Enjoa”, admitiu André Azevedo, piloto do caminhão da equipe Petrobras Lubrax. “Mas antes de pensar no desconforto e nas dificuldades, é preciso manter a concentração para os próximos dias”, afirmou o brasileiro.
O Dakar não é uma prova dura só para homens, mas também para máquinas. De todos os participantes que saíram da Europa, muitos adiaram o sonho de completar a maior competição off road do mundo. Das 162 motos, apenas 103 largaram na manhã de quinta-feira entre Dakhla e Luxor. E nos carros, o número de abandonos é maior: 130 iniciaram a corrida e somente 63 ainda tentam cruzar o deserto. A situação é parecida na categoria caminhões. Praticamente a metade dos 51 ficou nas etapas anteriores.
Abandono forçado – A lista negra de abandonos apresenta vários motivos: problema mecânico do veículo (a grande maioria), desistência por falta de condições físicas de pilotos e de infra-estrutura ou por acidentes. Alguns são graves, como o do japonês Kenjiro Shinozuka, um dos favoritos ao título e que chegou a correr risco de vida, mas hoje está fora de perigo. Ou em situações piores, como o do navegador Bruno Cauvy, que morreu durante uma etapa.
Depois de 7.100 quilômetros percorridos até aqui, 16 dias de prova, buracos, dunas, areia, pedras e muitas noites mal dormidas, a equipe brasileira Petrobras Lubrax está conseguindo permanecer inteira no Dakar e com excelentes resultados nas três categorias. Jean Azevedo aparece em quinto na classificação geral das motos e é líder na Marathon e Production; André Azevedo é o segundo colocado entre os caminhões e a dupla Klever Kolberg e Lourival Roldan está em terceiro na Super Production Diesel e em 13º na geral de Mitsubishi Pajero Full.
Se conseguir completar a prova com todos os veículos e com os bons resultados, o Brasil entrará para a história da competição ao conquistar três pódios simultâneos em todas as categorias. A equipe Petrobras Lubrax é a única do mundo inscrita em carros, motos e caminhões.
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Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: janeiro 16, 2003