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Webventure pretende que material de Niclevicz seja avaliado pela UIAA

Redação Webventure/ Montanhismo

Foto apresentada por Niclevicz como do cume do K2. (foto: Abelle Blanc)
Foto apresentada por Niclevicz como do cume do K2. (foto: Abelle Blanc)

O Webventure enviou, na última terça-feira (28/01), a três entidades do montanhismo brasileiro, imagens em vídeo e fotos digitais atribuídas como sendo do alpinista Waldemar Niclevicz nos cumes das montanhas Carstensz, McKinley e K2. O material foi encaminhado ao portal pelo próprio Niclevicz, na semana anterior, com a intenção de comprovar que ele escalou com sucesso essas montanhas, o que foi contestado por outros alpinistas brasileiros, alguns deles entrevistados pela reportagem da revista semanal “Época” (edição 218), em julho de 2002.

Uma fita de vídeo, “com imagens sem cortes, edição, narração ou música”, segundo o alpinista, e um cd com fotos escaneadas foram repassados pelo portal à FEMESP e à FEMERJ, federações de montanhismo dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, e ao CAP (Clube Alpino Paulista).

O principal objetivo é que o material seja enviado, por intermédio das entidades, à UIAA, a federação internacional do alpinismo, da qual o CAP e a FEMERJ são membros. A idéia é que o órgão máximo desta atividade no mundo analise o conteúdo e emita um parecer em torno da veracidade do mesmo. O portal convidou ainda as três entidades brasileiras a avaliarem o material.

A fita de vídeo enviada por Niclevicz tem aproximadamente 25 minutos. As imagens atribuídas ao Carstensz e ao McKinley teriam sido feitas com tripé, já que o alpinista estaria sozinho na ocasião dos cumes. O filme que seria do cume do K2 foi feito por Abele Blanc, italiano que é descrito por Niclevicz como seu parceiro na expedição e que também deixa um testemunho sobre a escalada ao final do vídeo.

Relembre – A publicação de denúncias feitas em entrevistas para a “Época” coincidiram com a saída de Niclevicz, em agosto do ano passado, para a expedição “O Brasil no Topo do Mundo”, na qual foi acompanhado por outros brasileiros. Em coletiva de imprensa realizada em São Paulo dias antes da partida, Niclevicz prometeu entregar provas de seus feitos logo que voltasse da viagem.

Os objetivos dessa expedição eram atingir o cume do Everest, sem que Niclevicz usasse oxigênio suplementar, e do Lhotse, montanha vizinha a essa que é o teto do mundo. A meta foi parcialmente atingida: Niclevicz e Irivan Burda anunciaram a chegada, com oxigênio, ao cume do Lhotse. Antes, abandonaram o ataque ao cume do Everest, segundo eles, devido ao mau tempo.

Na volta ao Brasil, Niclevicz não convocou a imprensa numa nova coletiva. Em São Paulo, esteve disponível para entrevistas agendadas e afirmou que as provas estavam em sua casa, em Curitiba: “Eu não vou ficar exibindo tudo isso, não vou criar a CPI do Waldemar. Mas meu arquivo está à disposição de quem quiser vê-lo. É só me procurarem”. No entanto, já comentava os reflexos das contestações em sua vida profissional (leia entrevista).

Agora, passados quase quatro meses e com dificuldade para viabilizar novos projetos, Niclevicz decidiu enviar o referido material a órgãos da imprensa, Internet e TV. “É profundamente lamentável que tudo o que construí em 15 anos de alpinismo profissional venha a ser colocado em risco devido a essa situação delicada. Meu pedido é que se esclareça a escalada do K2, do McKinley e do Carstensz”, afirma.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: janeiro 31, 2003

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