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Areia vai dominar o Rally Rota Sul

Redação Webventure/ Offroad

Rali será 100% areia. (foto: Divulgação Dunas Race)
Rali será 100% areia. (foto: Divulgação Dunas Race)

“Cem por cento areia. Vocês vão ter a oportunidade de conhecer o que é um rali em deserto”. Assim Marcos Ermírio de Moraes, diretor da Dunas Race e organizador do Rally Rota Sul, definiu esta que será uma prova válida pelo Brasileiro de rali cross-country. Marcado para os dias 17 a 20 de abril, o rali vai acontecer no extremo do Rio Grande do Sul e os detalhes do evento foram anunciados ontem (20/03), em um briefing na cidade de São Paulo.

O roteiro ainda não está definido. A opção mais provável é que os competidores vão de Torres para Rio Grande, no primeiro dia (18/04), tendo duas especiais: uma de 120 km e outra de 84 km; depois, seguirão de Rio Grande para Santa Cruz do Sul, com uma especial de 220 km; e no terceiro dia, entre Vitória dos Palmares e Rio Grande, farão a última especial, também com 220 km.

Raciocínio – A navegação vai fazer a diferença na prova, segundo Marcos. Boa parte dela será feita com GPS, mas o organizador adverte que este não é um rali “para acelerar tudo, e sim para se raciocinar na hora de escolher os caminhos”.

No briefing, Marcos mostrou fotos do reconhecimento do percurso. Ressaltou que “não é pelo fato de que neste rali se vai andar sobretudo em praias que o chão será um ‘tapete´”. No reconhecimento, ele se deparou com diversos obstáculos pelo caminho. “Os obstáculos perenes vão aparecer na planilha. Mas a praia muda muito e é importante ficar atento, por exemplo, a pequenos canais que se formam na areia e a microdunas. Isso pode ser um problema quando se está em alta velocidade”, destacou.

O “Treme-treme” é outro motivo de preocupação. Trata-se de locais onde aparentemente a areia está firme, mais escura, porém sob ela há colchões d´água. “Quando você passa, o carro ´senta´ e fica”, avisa. “Por isso vai ser preciso que as pessoas se ajudem muito.” E levar equipamentos como macado high-lift, pranchas de borracha para desatolar e cinta será fundamental.

A ação da chuva, que vem sendo constante no Sul, e do mar, fazem com que esta etapa possa trazer surpresas. “A praia muda muito. Quando o Edu Sachs fez a planilha original, encontrou a areia lisinha, como se fosse asfalto. Já quando nós fizemos o reconhecimento, na semana passada, havia muitos obstáculos”, compara Marcos.

Um prólogo diferente – A primeira atividade do Rota Sul será no dia 17, com a vistoria de carros, motos, quadriciclos e caminhões na Praça de Eventos de Torres. Um prólogo diferente vai acontecer somente para os pilotos de moto e quadriciclo às 16h30 deste mesmo dia: eles vão ter de correr a pé por 300 metros e a ordem de chegada vai servir também para a largada do rali.

Como a atividade não foi aprovada para os pilotos e navegadores dos Carros e Caminhões, a ordem de largada nesses casos será a ordem de classificação no Campeonato Brasileiro, que começou em fevereiro, com o Rally do Petróleo, em Campos dos Goytacazes (RJ). Para quem não participou da primeira etapa, a ordem de largada será definida por sorteio.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: março 21, 2003

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