Jean Azevedo pode se tornar o primeiro brasileiro a fazer parte de uma equipe de fábrica no rali Dakar. (foto: Luciana de Oliveira / Arquivo Webventure)
O que era cogitado desde o fim do Dakar 2003 tornou-se realidade: o piloto brasileiro Jean Azevedo (Petrobras Lubrax) foi convidado pelo chileno Carlo de Gavardo para correr o Dakar 2004 com uma moto oficial de fábrica da KTM, o time que domina as principais colocações nas disputas de moto do rali mais famoso do mundo. Jean pode se tornar o primeiro brasileiro a correr o Dakar com uma motocicleta de fábrica.
O “namoro” entre Jean e a KTM começou por causa dos resultados que o piloto paulista conseguiu conduzindo uma moto da marca, uma 660 de série, mas sem apoio oficial. Com ela, Jean chegou a ser o segundo mais rápido entre todos os concorrentes em uma das especiais, o brasileiro terminou a etapa com a segunda posição no geral, o melhor resultado do país em etapas cronometradas em 16 anos de participações no Dakar na categoria motos. E terminou o rali com a quinta posição na geral (sendo que as outras quatro primeiras foram ocupadas por pilotos da equipe oficial da KTM). E ainda conquistou o bicampeonato na categoria Production.
Supremacia – Em 2003, além da vitória com o francês Richard Sainct, a KTM ocupou os outros dois degraus do pódio e as 12 posições seguintes. Para criar maior competitividade em 2004, os organizadores decidiram pela estratégia da formação de equipes representando países ou continentes.
Haverá o time italiano, francês, espanhol, português e de outros países europeus, além do time norte-americano, asiático e outro da América do Sul. O piloto chileno Carlo de Gavardo, que já fazia parte do time de fábrica da KTM e que fez o convite oficial à equipe Petrobras Lubrax, irá coordenar uma equipe sul-americana.
Opiniões – “A proposta é tentadora, mas depende de um acordo financeiro entre a equipe Petrobras Lubrax e a KTM”, contou Jean. “Ainda precisamos acertar os detalhes para essa parceria. Utilizar uma moto de fábrica exige altos investimentos no equipamento e na equipe de suporte, mas vamos fazer o máximo para não perder esta oportunidade e quem sabe trazer este resultado para o Brasil”, afirmou o companheiro de Jean na equipe, Klever Kolberg. “A questão também não é só financeira; exige tecnologia. A Pirelli, por exemplo, terá que desenvolver pneus especiais para a nova moto, que é mais potente que a anterior”, explicou André Azevedo, irmão de Jean e também integrante do time brasileiro.
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Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: maio 19, 2003