Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, o Webventure aponta quais os impactos causados pela prática do trekking e o que se deve fazer para minimizá-los.
Engana-se quem pensa que o trekking não causa a degradação do meio ambiente. Apesar de ser um esporte que dispensa a utilização de equipamentos, como bicicleta, carro ou corda, a caminhada pode acarretar conseqüências irreversíveis à natureza.
Um dos primeiros problemas do trekking praticado de forma equivocada é o desmatamento. São comuns expedições em que pessoas destroem espécies vegetais sem qualquer necessidade. Na maioria dos casos, o corte de árvores ou plantas se dá para a abertura de uma área de camping.
Além de ir contra todos os conselhos de órgãos do governo e de preservação e proteção do meio ambiente, tal atitude acaba por descaracterizar fisicamente a natureza.
Contaminação das nascentes – Há ainda uma decorrência mais grave das expedições de trekking realizadas por pessoas sem consciência da importância da preservação ambiental. Diversos participantes urinam e defecam em nascentes de águas que são utilizadas pelas populações ribeirinhas.
Muitas nascentes na Serra da Mantiqueira estão contaminadas em razão da falta de respeito dos praticantes. E o pior é que as pessoas humildes que moram nessas localidades usam a água para beber e cozinhar alimentos, destaca Silvério Nery, presidente da Federação de Montanhismo do Estado de São Paulo (Femesp).
A maior parte das grandes provas de trekking apresenta estrutura que permite a limpeza das trilhas. Mas ainda é pouco. Precisamos evoluir muito no trabalho de conscientização, adverte Silvério.
Princípios de mínimo impacto – Assim como no montanhismo, existe um manual de boas maneiras para aventuras de trekking desenvolvido pelo Centro Excursionista Universitário (CEU), baseado em princípios de mínimo impacto trabalhados também nos Estados Unidos pela ONG Leave no trace (não deixe rastros). São eles:
Este texto foi escrito por: Jorge Nicola
Last modified: junho 5, 2003