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O mistério das etapas do Sertões

Redação Webventure/ Offroad

Nesta edição os veículos terão que atravessar muitos trechos com água. (foto: Arquivo Webventure)
Nesta edição os veículos terão que atravessar muitos trechos com água. (foto: Arquivo Webventure)

As etapas do Rally dos Sertões têm muitos mistérios a serem desvendados. A curiosidade surge através dos pilotos e navegadores que irão enfrentar os obstáculos durante nove dias de prova e pelo público em geral que imagina, mesmo que de casa, o cenário pelo qual as máquinas vão acelerar.

Em entrevista exclusiva ao Webventure Du Sachs, responsável pelo levantamento do percurso do Sertões 2003, deu algumas dicas de como serão as etapas. “Já na primeira os pilotos têm que ter a mentalidade de chegar e não a de ganhar”, diz Sachs. Segundo ele, será vencedor do rali quem tiver total controle sobre seu veículo e souber poupá-lo quando necessário.

Os dois primeiros dias da competição irão exigir muito dos pilotos e navegadores, pois a primeira etapa, entre Goiânia (GO) e Padre Bernardo (GO) será Maratona, ou seja, no fim do dia os competidores não poderão contar com o apoio dos mecânicos e eles mesmos terão que fazer a manutenção dos seus veículos.

A paisagem mais bonita será observada no segundo dia de rali, entre Padre Bernardo (GO) e Porangatu (GO). “Ela tem o visual mais bonito, com canastras, mas é muito traiçoeira”, comenta Sachs.

Dificuldades naturais – Os obstáculos naturais são uma atração à parte em uma competição off-road. E nesta edição do Rally dos Sertões eles também aparecem em peso para criar dificuldades e enfeitar a paisagem. Ainda na primeira etapa, haverá a presença de trial, que são “pedras gigantes pelas quais os veículos têm que passar sem bater e a velocidade alcançada não passa de 20km/h”, como explica Sachs.

No oitavo dia de prova, entre as cidades de Barra do Corda (MA) e Barreirinhas (MA), a segunda especial ganhou o nome de “Especial das Deps”. “Deps são depressões de poça”, esclarece Sachs. Segundo ele, nesta etapa não será possível desenvolver grande velocidade por causa dos buracos. “Se não tomar cuidado desmancha o carro”, alerta aos competidores.

Mas, em contrapartida, Sachs acredita que no dia anterior, na sétima especial, entre Carolina (MA) e Barra do Corda (MA) os carros irão atingir a velocidade máxima. “Nunca os carros pegaram tanta velocidade quanto vão pegar nesta etapa”, diz.

“O navegador fará a diferença” – No nono e último dia do rali será obrigatório o uso do GPS (sigla de Global Positioning System). O aparelho que através de flechas digitais dá as coordenadas a seguir será usado pelos navegadores em uma etapa considerada a mais difícil. “GPS sempre é complicado e este será um trecho muito técnico, com muita areia e muita água e quem bobear põe tudo a perder no último dia”, alerta o responsável pelo percurso.

A briga pelo título deve se estender até o último instante. “Não será possível saber quem é o vencedor do rali antes do último trecho, nem que o líder esteja com trinta minutos de vantagem”. Segundo Sachs, outra etapa difícil para os competidores será a “Especial do Jalapão”, que é o segundo trecho cronometrado do sexto dia de prova, entre Araguaína (TO) e Carolina (MA), por ter muita areia e ser de difícil navegação.

Com estas informações é possível entender porque esta 11ª edição do Rally dos Sertões já está sendo considerada uma das mais difíceis da história da competição.

Este texto foi escrito por: Camila Christianini

Last modified: julho 11, 2003

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