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Clemar Corrêa comenta acidentes no Rally

Redação Webventure/ Offroad

Ainda não estamos nem metade do Rally e o número de acidentes pode aumentar  diz Clemar Corrêa. (foto: Luciana de Oliveira / www.webventure.com.br)
Ainda não estamos nem metade do Rally e o número de acidentes pode aumentar diz Clemar Corrêa. (foto: Luciana de Oliveira / www.webventure.com.br)

Direto de Palmas (TO)Nossa reportagem entrevistou o chefe da equipe médica do Rally dos Sertões, o neurologista Clemar Corrêa, para saber como estão os três pilotos que sofreram acidentes nesta terceira etapa da prova. Até agora foram seis casos, todos com pilotos de moto. “O Rally ainda nem chegou à metade. Com o cansaço e o desgaste de equipamento, o número de acidentes pode aumentar”, diz o médico.

Webventure – Qual o diagnóstico dos três pilotos de moto que se acidentaram hoje?
Clemar Correa
– O Antonio Escobar sofreu uma fratura importante na bacia durante a especial e deve estar indo para São Paulo. Ele está bem estável, com dor, mas medicado. O Fabrício Bianchini também caiu durante a especial e suspeitávamos que ele estivesse com uma fratura no fêmur, mas isso não se confirmou. O raio-X não apontou nada. Ele teve apenas contusões importantes na coxa, está caminhando por aí, tomando Coca-Cola… e talvez até volte a competir. E o terceiro acidente foi com o Bob Keller, que teve uma fratura importante de clavícula, um trauma de costela, do lado direito, passa bem, só que não vai competir mais, talvez siga apenas acompanhando o Rally.

Webventure – Nos três dias deste Rally tivemos pelo menos um acidente registrado. Você acha que o pessoal está abusando um pouquinho ou esses episódios são comuns?
Clemar
– É difícil dizer que há abusos do pessoal na competição. O que acontece é que, com 11 anos de história do Sertões, o equipamento vai ficando mais potente, as motos conseguem atingir velocidade de 180 km/h na terra, os pilotos também atingem um nível profissional, são veteranos na prova e passam a confiar mais na pilotagem. Isso é natural em qualquer atividade humana. Você começa a acreditar mais em você, estica seus limites e aí começam a acontecer os acidentes. Mas esse número da edição 2003 está dentro da taxa normal. Mas o Rally não chegou nem à metade, ainda tem muito pela frente e o pessoal vai começando a se cansar, o equipamento começa a sofrer e a chance de acontecer coisas pode aumentar. Mas rali é isso. Eu falei para esses caras irem jogar pebolim, mas eles querem fazer rali de velocidade… (risos).

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira / Webventure

Last modified: julho 26, 2003

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