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Na Rota do Rally dos Sertões 2003: O Torcedor

Redação Webventure/ Parceiros

Se tiver um assunto que brasileiro entende, ou pensa que entende, é o futebol. Nós somos 150 milhões de técnicos. Pode ser um ponto negativo o fato do rali não ser um esporte tão popular quanto esta paixão nacional, mas por outro lado, o positivo, não tem tanta gente dando palpite.

Somos adultos, o que importa é nossa opinião e a autoconfiança no que estamos fazendo. Isso é fácil de falar, difícil de acreditar. No meio da trilha não tem tanto torcedor, a maioria nos assiste na tv, ou acompanha pelos jornais, rádios, revistas e internet. Então não tem aquele olho no olho, mas às vezes é o adversário, que também torce, só que contra. Ele não perde a chance de criticar e dizer que sabe como se faz.

Não é nada agradável engolir esta duvidosa opinião. Ela pode incomodar, mas existem opiniões que podem ser mais desconfortáveis, quando um patrocinador é quem deu o recado. Sorte sua quando ele faz parte da exceção, dos ponderados, que antes de tudo, enxergam, entendem do trabalho todo e esperam pelo resultado final.

O incrível é que às vezes até gostaríamos de ter uma opinião, pois a torcida pode ser criativa. No Dakar de 1991, quando eu e o André, cada um na sua moto, entramos num deserto plano, amplo, era um infinito de areia para todos os lados, no norte do Niger. Para achar o caminho, usávamos apenas a bússola, ou seja, a coisa mais fácil do mundo era se perder. Havia rastros para todos os lados e nossas opiniões divergiam, aliás, não estávamos nada convictos. Decidimos que cada um seguiria um caminho, mas mantendo o limite do visual, para não nos perdermos um do outro. O André foi por ali, eu por aqui, os rumos foram se separando até o momento que quase não conseguíamos mais nos ver. Então voltamos a nos aproximar, um foi em direção do outro, mas sem olhar muito para frente, na verdade olhando para todos os lados, literalmente procurando uma terceira opinião.

Então, procurando por algum sinal de vida, foi quando percebemos que estávamos muito próximos e freamos, mas o espaço não foi suficiente e acabamos colidindo. Não nos machucamos, mas ainda bem que a torcida não estava lá. Imagine se fosse a torcida do tricolor baiano, com o megafone na mão, seríamos crucificados.

O Rally dos Sertões, válido pelo Campeonato Brasileiro de Rally Cross Country, terminará dia 1o de agosto em São Luís, no Maranhão. Ao todo serão 3.825 quilômetros. Teremos outras provas até o final do ano, quando embarco com a equipe Petrobras Lubrax para a nossa 17ª participação consecutiva no Rally Paris-Dakar. Então vou aproveitar para contar tudo o que acontece nestas competições

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Klever Kolberg, 41, é piloto do Mitsubishi da Equipe Petrobras Lubrax

A Equipe Petrobras Lubrax tem patrocínio da Petrobras, Petrobras Distribuidora, Mitsubishi Motors do Brasil, Pirelli, e apoio da Minoica Global Logistics, Banco DaimlerChrysler, Controlsat Monitoramento Via Satélite, Mitsubishi Koala, IBM, Planac Informática, Nera Telecomunicações, Telenor Satellite Services AS, Kaerre, Capacetes Bieffe, Lico Motorsports, Artfix, Sadia, Dakar Promoções, Vista Criações Gráficas, Adventure Gears, Kodak Professional, Mercedes-Benz Caminhões, ZF do Brasil e Behr.

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Este texto foi escrito por: Klever Kolberg

Last modified: agosto 3, 2003

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