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Veteranos provam outras máquinas, com sucesso

Redação Webventure/ Offroad

Riamburgo Ximenes ergue o troféu de campeão nos quadriciclos. (foto: Luciana de Oliveira / Webventure)
Riamburgo Ximenes ergue o troféu de campeão nos quadriciclos. (foto: Luciana de Oliveira / Webventure)

Dois experientes pilotos de carro, ambos cearenses, trocaram de máquina neste Cerapió 2004 Rally do Nordeste. Arnoldo Júnior, que participou do rali Paris-Dakar em 2000, fez sua estréia com moto no Cerapió. Riamburgo Ximenes, campeão do Rally dos Sertões 1999, foi ainda mais ousado: partiu para primeira competição de sua vida pilotando um quadriciclo. A experiência foi bem sucedida: os dois conquistaram títulos com os novos veículos.

Riamburgo começou a andar de quadri por lazer, no ano passado, experimentando o veículo nas dunas de Fortaleza (CE), onde mora. No Cerapió, teve de encarar outros terrenos. “O quadri leva vantagem sobre a moto no terreno seco, o que não foi o caso deste Cerapió. Na água, ele aquaplana, tem que cuidar, senão o capote é feio. Na lama, até que passa bem, gostei. Na areia é fantástico, até superior às motos”, avalia.

Quanto pior, melhor – O piloto só sentiu falta de mais dureza: “A terceira etapa foi exigente. Antigamente todas eram no nível deste terceiro dia. Neste ano, os dois primeiros dias foram mais light porque a organização quer agradar a estreantes e veteranos. Mas gostaria que todos os dias fossem como o terceiro”. Apenas três quadris participaram da prova, sendo dois pilotados por estreantes.

Riamburgo conduziu um Yamaha Raptor 660cc, “com uma suspensão caprichada feita para ele…”, descreve. “É realmente competitivo”. Tanto que Riamburgo, que no ano passado deixou a equipe Chevrolet Rally Team, onde pilotava uma S10, já pensa em participar de provas do Campeonato Brasileiro de rali cross-country com o quadriciclo. “Quem sabe até o Sertões”, planeja. “Este é um novo desafio na minha carreira de esportista.

Esforço – O cearense acredita que o quadri é um misto das reações de um carro com a liberdade da moto. Mas o esforço do piloto é maior: “A exigência física imagino que seja 50% superior a de uma motocicleta. Se você não fizer jogo de corpo ele te joga fora”.

O desgaste físico também é destacado por Arnoldo Júnior. “As dificuldades foram muitas, sobretudo o cansaço. Mas a prova foi maravilhosa, passamos por lugares belíssimos, a medição foi perfeita. Devagarzinho a gente foi galgando posições e terminamos em primeiro”, narra o campeão da categoria Novatos, a mais concorrida, com 59 inscritos.

Outra dificuldade, também comentada por Riamburgo, é não contar com um co-piloto. “Quando eu corria de carro era mandado pelo navegador. Agora eu tenho que controlar a minha pilotagem e saber o que fazer na hora do sufoco. Na moto você está sozinho”, conta Arnoldo, que há um ano pilota motos.

Riamburgo nas bikes?! – A versatilidade dos dois foi destaque na prova. O idealizador do evento, Ehrlich Cordão, lembrou que Riamburgo já conquistou títulos em todas as categorias do Cerapió: carro, moto e quadriciclos. “Só falta ganhar em bikes”, desafiou, referindo-se à disputa paralela de mountain bike que existe no evento. “Na bicicleta falta motor… Não tenho pernas para isso, gosto é de acelerar”, responde o piloto.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: janeiro 26, 2004

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