Tartaruga gigante: espécie ameaçada de extinção em Galápagos. (foto: Raul Guastini.)
Ratos e cabras são as principais ameaças do ecossistema das Ilhas Galápagos ao colocar em perigo a sobrevivência das tartarugas gigantes, afirmou em Madri o biólogo e diretor do World Wildlife Fund para esta região equatoriana, Eliecer Cruz.
O biólogo explicou à EFE que os ratos devoram os ovos das tartarugas gigantes, enquanto que os cabras competem pelas plantas que servem de alimento àqueles anfíbios. O rebanho de cabras – das que há 300.000 exemplares na Ilha Isabel – é mais difícil de controlar, mas para os ratos se aplicam campanhas de desratização e de controle em áreas de ninhos.
Eliecer Cruz, que nasceu nas Ilhas Galápagos, apontou que a principal ameaça para o ecossistema terrestre das 13 ilhas que compõem o arquipélago de Galápagos reside nas espécies exóticas usadas pelo homem a partir de 1835, quando começaram a chegar à região baleeiros e piratas.
Cruz afirmou que no começo do século XIX existia uma população de 500.000 a 600.000 tartarugas gigantes, que há 25 anos caiu radicalmente e, depois de um processo de criação em cativeiro, atualmente são aproximadamente 30.000 exemplares.
A ameaça para as espécies marinhas provém, sobretudo, da pesca ilegal, assim o biólogo explicou que embarcações de tripulação asiática exaurem a população de tubarões na busca de barbatanas.
No entanto, desde 1998 se declarou reserva marinha uma zona de 137.000 quilômetros quadrados, a maior do mundo, que está vigiada pelo sistema de controle do Parque Nacional e a Marinha do Equador.
Além disso, todo o arquipélago de Galápagos foi convertido em Parque Nacional em 1969 e é Patrimônio da Humanidade, Reserva da Biosfera e Santuário de Baleias.
Eliecer Cruz se encontra em Madri para participar de uma conferência sobre os principais riscos e singularidades do arquipélago equatoriano, no qual o naturalista inglês Charles Darwin postulou sua teoria sobre a evolução das espécies.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: maio 25, 2004