Mulheres na fila para atendimento ginecológico (foto: Patricia Croci)
Direto de Palmas (TO) A Dra. Andréa Sorelli, ginecologista que integra que a equipe médica que acompanha o Rally dos Sertões, percebeu que o maior problema das mulheres das regiões por onde a caravana já passou é a falta de orientação, principalmente para questões como menopausa, uso de preservativos e anticoncepcionais.
O atendimento, além do exame clínico, torna-se uma sessão de terapia, onde as pacientes expõem suas dúvidas e, até mesmo, seus problemas conjugais, como falta de apetite sexual e falta de conversa entre o casal. Em Aruanã (GO), algumas mulheres reclamaram de violência doméstica como o pessoal vive da pesca e turismo, atividades de temporada, passam alguns meses do ano sem serviço e bebem para passar o tempo, tornando-se agressivos com suas esposas e filhos.
Na primeira escola visitada, na periferia de Goiânia, a médica notou as maiores dificuldades das mulheres, principalmente pela falta de informação e pela carência geral da comunidade. Já foram atendidas mais de 100 pacientes, mas este número está abaixo do esperado pelos coordenadores.
Timidez Feminina – É visível a timidez das mulheres da região, salvo algumas exceções. As mulheres ainda têm medo e vergonha de tocar em certos assuntos, mas a orientação da médica, somada às palestras de sexualidade e saúde, ministradas pelo enfermeiro Heber, contribuem para aumentar a informação.
A intenção da Ação Social é exatamente esta: contribuir para melhorar a qualidade de vida das comunidades por onde a 12ª edição do Rally dos Sertões passa.
Este texto foi escrito por: Patricia Croci
Last modified: julho 4, 2004
