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Dificuldades surpreendem equipes no Agreste

Redação Webventure/ Offroad

Pneus furados deram trabalho no rali (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)
Pneus furados deram trabalho no rali (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)

Direto de Parnaíba (PI) – A organização previa uma etapa fácil para esta terça-feira, mas logo nos primeiros 15km as equipes encontraram grandes dificuldades nas areias cearenses. “Essa parte foi a mais difícil até agora, mas até que fomos bem”, disse o piloto Magno Aragão. E era só o começo de um dia turbulento.

Na saída de Camocim (CE), pilotos e navegadores percorreram um trecho em paralelo à praia, com trilhas escondidas pela grama baixa dificultando a navegação. Mais uma vez a subida de dunas foi protagonista dos maiores perrengues da prova. “Estamos acostumados com o Cerrado, aqui nas dunas está bem difícil de manter as médias”, disse Lélio Jr no Neutro após os primeiros quilômetros.

Se alguém ainda não tinha acordado direito naquele momento, a paralisação de 15 minutos para apreciar a paisagem foi o suficiente para dar ânimo aos piloto para os próximos 300km de prova, percorrido em sete horas.

A segunda etapa do dia foi mais tranqüila. No caminho em direção à Parnaíba, quem mais sofreu foram os navegadores. “Muita navegação vaga, no nada. Só usando o bom censo mesmo para achar os caminhos, pois tínhamos que navegar pela vegetação”, comentou Ricardo Barros

Até a uma hora da manhã desta quarta-feira, o resultado oficial ainda não tinha sido divulgado por causa do julgamento de um recurso.

Um dia recheado de surpresas a maioria desagradáveis para as equipes nas duas etapas de hoje do Rallye do Agreste, que ligaram as cidades de Camocim (CE) à Prnaíba (PI). Logo nos primeiros quilômetros de prova a dupla Roque Veviurka e Alberto Minski tiveram a correia do alternador quebrada. A dupla, primeira colocada na prova até ontem, ficou sem a parte elétrica da Pajero TR4, o que resultou em outros problemas que tiraram os dois da etapa de hoje e possivelmente da briga pelo título.

Eles pararam no Neutro de 15 minutos nas dunas e foram rebocados pela organização até o local de apoio. “Pensando pelo lado bom, não teria melhor lugar para ficar parado”, disse Veviurka enquanto contemplava o visual de cima da duna.

Outra dupla com problema logo no começo da primeira etapa foi Ricardo e Marcelo Vívolo, que ficaram atolados em um rio. “Amarrei o guincho em um cano que acabou estourando, depois consegui laçar uma árvore e saímos, mas nessa perdemos seis minutos”, explicou Marcelo. “A bruxa está solta”, era o comentário geral no Neutro.

Para quem conseguiu passar do primeiro trecho crítico, logo viria uma ingrata surpresa. A organização emprestou para as equipes a programação dos tempos ideais para elas terem como saber se estavam atrasados ou adiantados na trilha. Um erro na programação da organização prejudicou a maioria das equipes. “Todos os navegadores têm que conferir a programação, não erramos de propósito, mas os que não conferiram fizeram uma prova totalmente descalibrada”, disse o diretor de prova Detlef Altwig. Tanto que não houve reclamações nem recurso sobre isso.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa

Last modified: setembro 15, 2004

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