Hoje (04/01) o trio brasileiro na categoria caminhões andou forte e conquistou a vice-liderança na etapa última marroquina, com apenas 1 minuto e 46 segundos atrás do líder, o russo Vladimir Tchaguine. Com este resultado, a equipe brasileira subiu do sétimo para o terceiro lugar na classificação geral dos caminhões. O piloto André Azevedo tem como navegador o primo Luiz Azevedo e o tcheco Mira Martinec.
Nas motos, Jean, irmão de André, terminou a etapa na 12ª posição enquanto a dupla Klever Kolberg/Lourival Roldan, nos carros, chegou no 18º lugar.
“Estamos muito felizes com este resultado, mas ainda estamos no início do Dakar e tem muito chão pela frente. A etapa de hoje foi bem dura, com muitas pedras e uma navegação difícil. Andamos no limite e só não ultrapassamos a velocidade de 150km/h pois poderíamos ser multados por excesso de velocidade”, contou o piloto do caminhão Tatra André Azevedo.
Para André, outro fator importante na etapa de hoje foi o entrosamento com o seu primo, o navegador Luizão Azevedo. “Estamos nos afinando e já tenho uma grande confiança nele”.
Jean Azevedo começou a ganhar posições no Dakar. O piloto brasileiro foi o 12º colocado na etapa de hoje e já ocupa a 13ª posição na classificação geral, a 17 minutos e 30 segundos do líder. Até a etapa de ontem, Jean era o 24º. As notícias poderiam ser ainda melhores se o piloto não tivesse enfrentado problemas com o sistema de navegação de sua KTM 700.
No meio da especial, disputada entre Agadir e Smara, no Marrocos, o odômetro deixou de funcionar e a planilha eletrônica ficou desregulada. “Além de ter perdido tempo com isso, o risco aumenta porque fica difícil saber onde estão os perigos”, disse o piloto que em 2003 foi o quinto colocado na prova.
Geraldo Lima, mecânico trazido do Brasil especialmente para cuidar da moto de Jean, explicou que o piso de pedra provoca muita vibração e prejudicou o funcionamento dos equipamentos eletrônicos da motocicleta.
“Mas vamos arrumar isto sem problemas”, completou Lima. O piso duro e cheio de pedras também cansou o piloto. “Nos carros e caminhões, estas pancadas são absorvidas pelos veículos. Nas motos, o piloto sofre mais”, afirmou.
Sobre as quatro rodas, a dupla Klever Kolberg e Lourival Roldan teve um dia melhor na quinta etapa. Eles chegaram em 18º lugar, subindo na classificação geral para a 21ª posição. “Estamos fazendo uma corrida estratégica, tentando poupar o carro para as etapas mais duras que vêm pela frente”, disse Kolberg.
Apesar disso, assim como Jean, Kolberg contou que a etapa de hoje não foi fácil. “Pedra atrás de pedra”, afirmou, enquanto observava o estrago causado por elas no protetor de carter do Mitsubishi Pajero.
Por outro lado, os pneus feitos no Brasil suportaram muito bem as exigências do piso. “Foi um teste e tanto para os pneus, porque lá no Brasil não temos condições tão severas como as encontradas aqui”, disse Kolberg.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: janeiro 4, 2005