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Seleção brasileira para barco na Ocean Race já está no mar

Redação Webventure/ Vela

Roy Heiner  diretor técnico da seletiva mundial (foto: Cris Degani/ www.webventure.com.br)
Roy Heiner diretor técnico da seletiva mundial (foto: Cris Degani/ www.webventure.com.br)

Direto do Rio de Janeiro (RJ) – “Não queremos marqueteiros, atletas com perfil para televisão, pessoas que saibam mexer com internet: queremos os melhores velejadores”. Com essas palavras Roy Heiner, diretor técnico do processo de seleção do barco ABN Amro, fechou o briefing de apresentação para os 19 atletas brasileiros.

A primeira seleção foi feita através de currículos no site do Team ABN Amro e 152 atletas brasileiros de 21 a 30 anos se inscreveram. Agora são 19 selecionados, dentre eles uma mulher Nádia Gonçalves, de Ilhabela (SP) que farão demonstrações de sua capacidade náutica nas águas costeiras do Rio de Janeiro.

“A oportunidade de estar aqui é única e só de ser selecionada já é uma felicidade enorme para mim”, revela Nádia, que não teve dúvida quando viu a limitação de idade para o cadastro. “Eu arrisquei mesmo”, conta a paulistana, que mora há 10 anos na capital da vela paulista, a ilha de São Sebastião, hoje o município Ilhabela.

Arriscou e deu certo: seu currículo foi apreciado e ela está na lista dos possíveis cinco atletas que seguem em março para Portugal na terceira seletiva, que vai identificar apenas dois velejadores brasileiros em um barco que será composto por dois americanos, dois holandeses (já escolhidos) e dois atletas de países ainda não conhecidos.

Oportunidade brasileira – A seleção dos brasileiros acontece no Iate Clube do Rio de Janeiro, na Urca. Serão quatro dias de treinos em dois veleiros de 40 pés, de uso misto (para competição e cruzeiro), com 6 ou 7 atletas em cada um. Enquanto isso, os outros velejadores estão na praia Vermelha fazendo recreação com canoa havaiana.

“A idéia é de privilegiar os principais mercados do ABN Amro no mundo, que são Holanda, Brasil e Estados Unidos”, explica Dilson Motta, superintendente de Eventos e Patrocínios do ABN Amro no Brasil.

A oportunidade brasileira de duas vagas no barco da seletiva, em um país que não tem tradição de vela apesar de ter Robert Scheidt com 11 títulos brasileiros, 2 olímpicos e 7 mundiais é explicada pela estratégia de globalização do investimento de marketing esportivo do ABN Amro. “A presença mundial se consolida com a participação competiva de dois barcos, o profissional e o de amadores”, explica Motta.

Os atletas ficam no Rio até a próxima sexta, com alguma calmaria já prevista. Porém, com o término das frentes frias, o vento deve entrar na região da marina com mais força na parte da tarde e os atletas poderão desempenhar seu papel rápido, hábil e preciso na embarcação, lembrando que o diálogo entre a equipe é em inglês, obrigatoriamente.

Este texto foi escrito por: Cristina Degani

Last modified: janeiro 24, 2005

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