Joca Signorini (frente) e Justin Clougher. (foto: Caetano Barreira.)
Faltam 226 dias para a largada da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo a bordo de um veleiro, que acontecerá só no dia 5 de novembro. Mas os preparativos para a prova e a ansiedade dos velejadores já começaram.
Entre os barcos participantes da competição, que partirá de Sanxenxo, na Galícia, está o Brasil 1, formado por cinco brasileiros (Torben Grael, Marcelo Ferreira, Kiko Pellicanco, André Fonseca e João Signorini) e seis estrangeiros: Adrienne Cahalan e Justin Clougher (Austrália), Guillermo Altadill e Roberto “Chuny” Bermudez (Espanha), Stuart Wilson (Nova Zelândia) e Knut Frostad (Noruega).
Tripulação – O Brasil 1 será um barco de estrelas. Dos 11 tripulantes, oito têm participação em Olimpíadas e três são experientes em regatas de alto mar. Para todos os lados que eu olho, vejo medalhas olímpicas. Eu, Justin (Clougher) e Stu (Wilson) estávamos conversando sobre isso. Somos os únicos que nunca fomos a uma Olimpíada nessa tripulação, comenta a australiana Adrienne.
Ela é a única mulher inscrita na Volvo, e exercerá a função de navegadora no Brasil 1. Em seu currículo ela acumula, por quatro vezes, a indicação ao prêmio de melhor atleta do ano da Isaf (Federação Internacional de Vela), além de ter sido a primeira mulher a quebrar o recorde de volta ao mundo, no ano passado, a bordo do Cheyenne.
O comandante do barco, Torben Grael, é o maior medalhista da vela olímpica mundial, com cinco pódios, dois deles de ouro. Seu parceiro na classe Star, Marcelo Ferreira, também é bicampeão olímpico (e ainda tem uma medalha de bronze). Guillermo Altadill foi o técnico da dupla espanhola do Tornado, campeã olímpica em Atlanta-1996 e Kiko Pellicano ganhou bronze ao lado de Lars Grael, na Tornado, também em Atlanta.
Os mais novos da equipe também estiveram em Olimpíadas. André Bochecha Fonseca, de 26 anos, e Joca Signorini, 27 anos, estiveram em Atenas-2004, e foram bem. Bochecha foi o sexto colocado na classe 49er e Joca, o décimo na Finn.
Justin Clougher e Stuart Wilson não ficam atrás. Justin é o único da tripulação que já venceu a regata de volta ao mundo, em 1997/1998 (quando a prova ainda se chamava Whitbread), na tripulação do EF Language. Já Stuart foi vice-campeão na última Volvo, na tripulação do Assa Abloy, e ainda trabalhou em diversos projetos da Americas Cup. Tudo isso prova que montamos uma equipe com potencial, resume Torben Grael.
Até os garotos foram para a Olimpíada e nós não. Mas o consolo é que trazemos experiência em alto mar para o Brasil 1, algo que eles não têm, brinca Adrienne. O Brasil 1 está sendo construído na cidade de Indaiatuba, em São Paulo. O fim da construção está previsto para maio.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: março 24, 2005
