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Aventura de Medeiros no Por las Pampas

Redação Webventure/ Offroad

Piloto pensou em desistir do rali. (foto: Divulgação)
Piloto pensou em desistir do rali. (foto: Divulgação)

No texto abaixo o competidor descreve a emoção de ter participado do Rally por Las Pampas, prova que abriu o calendário 2005 do Mundial de Cross-country. Depois de largar em Bariloche, na Argentina, ele e os demais competidores foram até San Pedro de Atacama, no meio do deserto mais árido do mundo.

O rali mais difícil da minha vida
Tudo começou com a idéia de participar de uma etapa do Campeonato Mundial de Rally. Este ano serão duas etapas na América do Sul, o Rally Por Las Pampas e o Rally dos Sertões, que larga e chega na cidade de Goiânia. Já conhecia Bariloche, na Argentina, e fiquei maravilhado com o tipo de terreno e com o frio, duas situações que adoraria desbravar de moto. Uma prova de rali na região da Patagônia, atravessando a Cordilheira dos Andes, e terminando no deserto de Atacama (o mais árido do mundo), local que Jean Azevedo costuma treinar por ser o local mais parecido com o Dakar que ele conhece. Realmente eu não poderia deixar de participar deste rally, pelo menos tentar ir.

Depois de algumas conversas e alguns contatos com a organização do evento, fiz minha inscrição e parti pra levantar o dinheiro para poder viajar. O custo da prova (algo em torno de R$ 25.000) quase me fez desistir, mas, depois de três participações no Rally dos Sertões, alguns patrocinadores acreditam em mim e depois de muitas visitas consegui parte do dinheiro, a promessa de outra parte e o restante a Ripel ia financiar.

Sim, mas e quem levar na viagem? A moto teria que ir de carro. Daqui até Bariloche são 6.500 quilômetros. Quem seria louco o suficiente? Bem, meu irmão Rogério, André Barreto da Futura e Valderi um mecânico da Ripel, toparam a aventura.

A viagem de ida
Depois de alguns acertos para poder viajar, saímos de São Luis segunda-feira (28/02), às 15 horas (dia do aniversário da minha mãe). O odômetro da Toyota marcava 135.980 e só então comecei a pensar na aventura que nos esperava (ou melhor na loucura que eu estava fazendo).

O esquema era não parar pra dormir e revezar a cada 200 quilômetros, para não cansar. O carro estava pesado e não passava de 120 km/h. Nesse ritmo, almoçamos em Gurupi (GO) e jantamos em Goiânia. Continuamos viagem e fomos almoçar em Cascavel (PR). Um barulho na transmissão da Toyota nos fez parar na revenda Toyota de Cascavel e passamos a tarde no conserto. Saímos às 18h30 e chegamos em Foz às 20 horas de 2 de março, com o odômetro marcando 139.323.

Fomos direto para a ponte da divisa com a Argentina e depois de alguns procedimentos aduaneiros, por volta das 21 horas, já estávamos rodando na terra do tango. Até aqui já tínhamos rodado 3.343 quilômetros em 54 horas, sem parar pra dormir, só cochilando no carro.

Na Argentina a estrada começou boa, ficou ruim e depois ficou boa de novo, parecido com o Brasil. O clima começando a esfriar nos deu uma amostra de como seria o resto da viagem. Quase todas as barreiras policiais nos pararam, ora pra olhar a moto, ora pra pedir documentos e perguntar pra onde íamos. Depois de passar por Posadas e Corrientes, almoçamos numa cidade argentina chamada Paraná, antes de passarmos por um túnel que abaixo do Rio Paraná (Túnel Subfluvial Hermandárias).

Depois passamos por Santa Fé, Rosário e fomos jantar um sanduíche num posto perto de Trenque Lauquen. Continuamos por uma região desértica à noite, depois de Santa Rosa, e amanhecemos em Neuquén. Estávamos a 432 quilômetros de Bariloche. Continuamos e fomos tomar café num local chamado Piedra Del Águila.

Depois, mais 200 quilômetros e muitas paradas pra tirar fotos. Às 14 horas do dia 4 de março (sexta-feira), depois de 95 horas e 6.260 quilômetros de estrada chegamos ao nosso destino inicial: Bariloche, na Argentina. Agora sim a aventura em duas rodas iria começar.

Chegamos em Bariloche e fomos até o local de largada, quando recebemos a informação de que todo o processo de inscrição e vistoria seria realizado no sábado. Então a primeira providência era procurar um hotel pra dormir. O frio que vinha do lago Nahuel Huapi começava a incomodar. No sábado pela manhã, enquanto eu providenciei a inscrição, Rogério e Valderi foram fazer uma revisão no carro, além de óleo, filtro alinhamento e balanceamento, tiveram que trocar os amortecedores traseiros e os quatro pivôs da suspensão.

Na sede do Automóvel Clube Argentino estavam sendo feitos os procedimentos de inscrição e vistoria, e lá estava eu, um maranhense no meio daquele monte de pilotos de várias nacionalidades, e falando diversas línguas esquisitas como polonês e russo. Mas, pra minha felicidade, a organização arranhava um portunhol e o cara do GPS era um português, o Cezar. Além disso, os outros pilotos brasileiros (Dimas, Sílvio, Ambrósio e o Zé Hélio) que já tinham participado da prova do ano passado me deram algumas dicas.

As principais: vai faltar gasolina para sua moto e seu pneu é muito macio pra essa região, só de pedra. Além disso, seu mousse vai estar estourado no terceiro dia. Meu irmão Rogério não gostou dessas previsões, mas nós tínhamos vindo de muito longe pra deixar essas “pequenas” coisas atrapalharem nossos planos de chegar em San Pedro de Atacama, no Chile.

Na vistoria várias surpresas, os pagamentos eram em dólares ou euros, além da taxa de inscrição do piloto U$1500, precisava inscrever a equipe U$180 por pessoa além do carro mais U$100, somando ao aluguel do GPS E$870 e do Sentinel E$70. Bem, depois disso tudo, a grana acabou, ainda tinha muito chão pela frente, resolvemos então sair do hotel, a partir desse dia dormiríamos em barracas.

A moto passou na vistoria, mas, eu precisava tirar o tanque extra de 5L que eu tinha colocado na frente, aprender a usar o GPS e participar do primeiro briefing para depois fazer a largada promocional no frio noturno de Bariloche. Após a largada, a organização liberou para quem quisesse levar a moto em cima do carro até a largada da primeira especial, então fizemos um deslocamento noturno até o posto em Pedra Del Aguila, onde chegamos às 2 da madrugada. Armamos as barracas e dormimos até as 6, quando estava começando o rali.

1º dia Bariloche General Roca 06/03/2005
Deslocamento inicial = 224,71 km
Trecho Especial = 225,69 km – Pedra Del Aguila El Chocon
Deslocamento Final = 144,04 km
Total do dia = 594,44 km

A largada era a 20 quilômetros do posto. Me preparei para o frio, além das roupas de moto, coloquei um casaco embaixo da jaqueta, mesmo assim senti muito frio, tanto que tive que parar a moto. Larguei na especial tranqüilo, a especial era numa região desértica, o piso era de pedras arredondadas e a direção estava bastante difícil. No km 190 minha moto pediu reserva, diminuí a aceleração e conseguir completar os 38 kms finais, larguei em 12º e cheguei em sexto.

No geral fiquei em 11º e na minha categoria, a Marathon, em primeiro. Fiquei animado. Mas tinha que aumentar a autonomia da moto pra as próximas etapas. Chegando na cidade instalei o tanque reserva na traseira da moto e o mecânico regulou o carburador pra que a moto fosse mais econômica.

2º dia General Roca San Rafael 07/03/2005
Deslocamento inicial = 198,01 km
Trecho Especial = 496,34 km Colônia El Sauzal Dique Valle Grande
Deslocamento Final = 44,52 km
Total do dia = 738,87 km

Novamente, a organização liberou o deslocamento inicial para poder ir com a moto em cima do carro, que felicidade. De madrugada devia estar fazendo uns 10 graus, e na moto com o vento, essa sensação térmica beira os zero graus.

O início da especial era um trecho de alta velocidade, depois do km 25 entramos por uma estrada abandonada cheia de pedras e erosões. Neste trecho tive muitos problemas com o suporte do farol e com o tanque auxiliar que tinha colocado na traseira da moto. Os dois quebraram e tive que parar quase 1 hora pra consertar e deixar os equipamentos com uma equipe da organização que estava perto de uma erosão gigante. Depois a especial ficou bastante rápida. Perto do km 130 fui ultrapassado pelo primeiro carro um VW Tuareg, depois dele fiquei atento esperando pelos demais, mas, apenas quatro carros me ultrapassaram. Depois do segundo neutro para abastecimento, dos sessenta quilômetros finais, quarenta eram só areia, sendo que trinta de dunas gigantes. Nunca tinha visto dunas tão altas. Caí três vezes de cansaço, e minha moto ferveu durante a travessia das dunas, fiquei com medo. Eu acreditava que sabia dominar a moto na areia e em dunas, mas depois dessa experiência meu conceito de dificuldade em dunas mudou muito. Apesar dos problemas, depois de quase oito horas acelerando a moto, fiquei em 14º no geral e 4º na categoria. Precisava consertar a moto, que chegou sem farol e torcer para ter um dia sem problemas.

3º dia San Rafael Santiago (Chile) 08/03/2005
Deslocamento inicial = 88,47 km
Trecho Especial = 162,64 km Volcán Diamante – Pareditas
Deslocamento = 140,73 km
Trecho Especial = 81,09 km Uspallata
Deslocamento Final = 235,65 km
Total do dia = 708,58 km

Geralmente faço um planejamento do dia seguinte, montando estratégias de abastecimento e analisando como vai ser o dia. Bem, nesse dia eu errei, não contei que entre o deslocamento inicial e o início da especial não tinha posto de abastecimento. Olhei o tamanho da especial e fiquei tranqüilo já que minha moto conseguiria fazer os 162 km sem problema de combustível. Acontece que tinha o deslocamento inicial, 88 km, e tava frio, era de madrugada, e as noites sem dormir direito acho que influenciaram no raciocínio e então na hora de largar fui fazer os cálculos e caramba, eram 250 km no total. Tinha que tirar a mão de novo do acelerador, alem disso, no km 40 o suporte do farol quebrou de novo. É esse rali estava muito complicado. Apesar de tudo continuava em 14º na classificação geral e 4º na categoria Marathon.

A organização resolveu cancelar a segunda especial do dia, para facilitar a entrada das equipes em território chileno. À noite no Bivouac (parque fechado) que era localizado ao lado de um Shopping do Automóvel chamado Movicenter, teve uma etapa noturna, em um circuito fechado tipo prólogo, que foi um show a parte tanto das motos quanto dos carros, realmente muito bonito de ver. Todo dia, às 20 horas acontecia o briefing, (reunião onde era informado como seria o dia seguinte e o código do GPS para a próxima etapa) acompanhado de um jantar por conta da organização. Pra mim, era a única refeição do dia, o resto do tempo me alimentava com power gel (gel de carboidratos) e barra de proteína, e duas vezes tomei um café preto no Trailer da ASW.

4º dia Santiago (Chile) La serena 09/03/2005
Deslocamento inicial = 287,99 km
Trecho Especial = 211,95 km Canela Baja – Punitaqui
Deslocamento Final = 149,30 km
Total do dia = 649,24 km

Comecei o dia inspirado, tinha saído uma foto minha em um jornal de Santiago, que falava sobre o rali. Além disso começava a esquentar, pela primeira vez larguei sem a jaqueta de naylon debaixo da jaqueta da moto. Logo no km 10, numa referência de curva perigosa, encontrei o brasileiro Carlos Ambrósio com o capacete em cima de uma pedra e a moto no chão. Perguntei se estava tudo bem, ele fez sinal de ok e me mandou continuar. Continuei com a pulga atrás da orelha e se não estava bem? No Rally dos Sertões, o francês Ludovic caiu e ficou meio bobo, os pilotos passavam e ele dizia que estava tudo bem. Mas não estava. No caso do Ambrósio, ele quebrou o tornozelo e não se lembrava de ter mandado os pilotos que ofereceram auxílio, irem embora. Mesmo assim, andei forte e ultrapassei várias motos: 7, 20, 34, 27 e quando eu estava ultrapassando o 23, que estava em terceiro na minha categoria, a corrente da moto quebrou. Faltavam 10 km para terminar a especial. Não acreditei no que estava acontecendo. Me arrisquei tanto, para nada. Procurei um remendo pra corrente em minhas coisas, não achei. Pedi o remendo pra alguns pilotos, não tinham. Empurrei a moto até perto de um arbusto, abri minha polchete de ferramentas e fiquei pensando no que fazer, minha água estava acabando. Enquanto as motos ficaram passando, até quem eu não tinha passado me passou, dei um jeito na corrente, coloquei um arame no cadeado quebrado, subi na moto e fui devagar até a chegada. Na chegada mais uma luta pra arranjar um cadeado com as equipes que estavam lá (a minha não estava, tinha optado por mandar eles pra próxima cidade). Terminei arranjando uma corrente emprestada. Consegui chegar em La Serena.

No caminho pensei muito na minha participação no rali. Tanta dificuldade para vir para a prova e tantos problemas. Se já seria difícil se tudo corresse bem, imagine do jeito que estava. Cogitei inclusive voltar para casa. Meu irmão me deu uma força, falou que eu estava bem, minha moto era a mais fraca da prova, e apesar de eu ter caído três posições, estava bem colocado. Estávamos só no meio da prova e poderia ainda melhorar de posições. Eu estava achando difícil. Em todos os Sertões que já participei eu sempre melhorava de posições a cada dia. Piorar era uma experiência nova pra mim. Os dias eram muitos longos e cansativos. Estar bem posicionado me estimula e anula parte do sono, do cansaço e dá vontade de se perguntar o que é que você está fazendo aqui, longe de casa, da família, e correndo feito um louco. Comecei a pensar naquele slogan da propaganda do governo federal “Sou brasileiro e não desisto nunca”.

5º dia La serena Copiapó – 10/03/2005
Deslocamento inicial = 30,10 km
Trecho Especial = 467,57 km Caleta Los Hornos Puesto Base Copiapó
Deslocamento Final = 22,00 km
Total do dia = 519,67 km

Outro dia difícil, o engraçado é que no briefing a organização dizia que este dia seria um dia fácil, sem suspresas. No entanto, que dia. Começou com um trecho de areia e pedra margeando o pacífico, onde fui ultrapassado por algumas motos, achei estranho não estava andando devagar e na areia sempre sou rápido. Fiquei achando, inclusive, que minha moto tinha perdido potência, tava difícil acompanhar o ritmo dos demais pilotos. Para completar o suporte do GPS quebrou, logo em seguida o road book parou de funcionar e tive que acompanhar o piloto chileno 40 que andava mais lento que eu, mais era isso ou me perder. No abastecimento tentei arrumar o GPS e o road book, mas devido à quebra do suporte a alimentação do GPS ficou comprometida, então ele parou de funcionar logo depois que eu larguei de novo. Depois foi o compass que parou de funcionar. Resumindo, sem GPS, sem road book e sem compass, em um trecho de pedras, imagine, me perdi. Seguia alguns pilotos mais e se eles estivessem errados. É uma situação que não gosto de passar. Não perdi nenhum posto de controle, mas, perdi muito tempo procurando o caminho certo. Quando consegui me achar, faltou gasolina, parei algumas motos para pedir combustível, consegui dois litros e cheguei até o abastecimento.

Duas coisas interessantes aconteceram neste trecho. A primeira: o Peterhansel (que já ganhou o Dakar seis vezes de moto e duas de carro) que corre em um carro Pajero da Mitsubishi me ultrapassou três vezes, já que ele furou o pneu traseiro direito duas vezes e pude acompanhar a rapidez que ele e seu navegador trocam o pneu do carro, coisa de 3 minutos. A outra coisa foi a única queda feia (as outras foram só aquelas deitada na moto, já quase parando) que eu levei em todo o rali, perdi o controle em uma curva de areia e a moto bateu em um trecho mais duro, dei uma capotada e quebrei a manete de embreagem, como já estava perto do fim, fui até o final sem embreagem e no abastecimento troquei a manete. Desde o dia que minha moto quebrou a corrente e eu quase fico sem água, que passei a usar dois camelbacks. No posto enchi os dois.

Ainda faltava um trecho de dunas, mais altas do que aquelas do segundo dia, o trecho começava e terminava com dunas, eu estava sem nada funcionando, então o jeito era seguir alguém. Colei no piloto da frente, o 39, e fui com ele até o final, pelo menos tentei. Ao passar por um funil de dunas a moto cortou corrente e apagou. Não desesperei, desmontei a parte elétrica, achei um fusível queimado, substitui o mesmo, a moto pegou e consegui sair de lá. Perdi dez minutos, mas não dormi no deserto. Consegui chegar até o final após quase 8h20 em cima da moto. Até esta etapa estava em 16º na geral e em 7º na categoria.

6º dia Copiapó Antofagasta 11/03/2005
Deslocamento inicial = 22,14 km
Trecho Especial = 629,22 km Puesto Base Copiapó Cerro Águas Blancas
Deslocamento Final = 72,64km
Total do dia = 724,00 km

Era para ser o dia da especial mais longa do rali, mas devido ao mau tempo, os helicópteros não puderam decolar e a especial teve seu início e final cancelados, restando ainda 430 km de especial. Não tive problemas durante a especial, andei num ritmo alucinado.

Nunca em toda a minha vida de piloto tinha me arriscado tanto e forçado a minha moto, como nesse dia. Era uma etapa onde a poeira era intensa e as ultrapassagens tinham que ser feitas com alta taxa de risco. Estava andando já pelo Deserto de Atacama.

Faltando 20 km pro final da especial, passei pelo maior justo em todo o rali, estava a 120 km/h quando fui olhar pra trás, o VW Touareg estava colado em mim, coloquei a moto pra fora da pista e tive que parar pra esperar a poeira baixar, não exergava nada.

Que susto, o sentinel (equipamento instalado nas motos e carros pra avisar quando fosse acontecer as ultrapassagens) não funcionou. Cheguei ao final da especial com os braços já moídos. Nesse dia fiz 12º na geral e 4 º na categoria.

7º dia Antofagasta San Pedro de Atacama 12/03/2005
Deslocamento inicial = 78,74 km
Trecho Especial = 224,13 km Officina Castilla Vale de La Luna
Deslocamento Final = 22,46 km
Total do dia = 325,33 km

Finalmente o último dia do rali, também era o dia mais curto. Só que não era fácil, a etapa era 100% no Deserto de Atacama, e o trecho estava muito perigoso, fui num ritmo mais lento que o do dia anterior, e mantive a classificação. Não conseguiria fazer milagre neste último dia. Quase no final devido à altitude de mais de 3.000 metros, e devido também ao cansaço acumulado depois de todos esses dias, os últimos vinte quilômetros foram extremamente difíceis.

Consegui. Cheguei a San Pedro de Atacama, após 4.260 quilômetros e 33h06 em cima da moto. E na respeitável 15ª colocação na classificação geral. Obrigado Senhor.

Patrocinadores:
Prefeitura de São Luis
Petrobrás Distribuidora
Ripel
VIVO
Supermercados Mateus
Sodexho Pass
Eletrobrás
Locaventura
Amil
Multiclínicas
Academia Gym
Alvorada Motos
San motos
C.C.Reis
Michelin
Bip-Mar

Agradecimentos:
Glauco Feitosa, por ter me emprestado as rodas de sua moto
Fábio Freire e Gonçalves Filho, por terem me emprestado o tanque reserva
E todos que torceram por mim durante a prova

Este texto foi escrito por: Ricardo Medeiros

Last modified: abril 5, 2005

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