Rodrigo Raineri no acampamento 1 do Everest (foto: Vitor Negrete)
Neste diário de montanha, Rodrigo Raineri fala das condições climáticas do Everest que fizeram a expedição arriscar o ataque ao cume e conta ainda sobre os problemas para dormir e da desistência de Clayton Conservani
Direto do acampamento dois do Everest – Olá galera do Brasil! Rodrigo Raineri falando da Zona da Morte. Tivemos a previsão de dois dias bons, dias 20 e 21, então resolvemos tocar para cima. Ontem nós subimos para o campo um, o Vitor [Negrete] o Clayton [Conservani], e eu. O Clayton teve algumas dores de cabeça e resolveu descer, apesar de hoje de manhã ele estar bem de novo.
Eu e o Vitor subimos para o campo dois, é a nossa primeira noite na Zona da Morte, acima dos 7.500 metros de altitude. O dia para mim foi muito duro, porque na véspera de subir eu não dormi muito bem por causa de ansiedade. Na noite passada a barraca estava colocada em um lugar muito ruim, muito inclinado e eu não conseguia dormir. Às vezes eu levantava de noite e dormia sentado.
E ainda para sair de manhã eu acabei com uma desinteria não sei do quê. O dia hoje foi muito duro, com ventos de 60, 70 quilômetros por hora, temperatura abaixo dos 20 graus negativos, com a sensação térmica abaixo dos 50 graus negativos.
Mas a gente mandou bem, chegamos aqui no campo dois e estamos bem animados. Se a janela de tempo realmente ocorrer nós vamos mandar para o cume.
Este texto foi escrito por: Rodrigo Ranieri, da Try On Expedition 2 no Everest
Last modified: fevereiro 22, 2017