Foto: Pixabay

Sertões é sede de teste de pneu

Redação Webventure/ Offroad

Sertões é um verdadeiro laboratório  disse Carolina Wagner  da Goodyear (foto: Donizetti Castilho/ www.webventure.com.br)
Sertões é um verdadeiro laboratório disse Carolina Wagner da Goodyear (foto: Donizetti Castilho/ www.webventure.com.br)

Direto de São Félix do Jalapão (TO) – Em uma etapa como a de ontem, quando os veículos percorreram grandes trechos com areia e outros terrenos em condições extremas, o pneu é um equipamento fundamental.

E nada melhor do que o próprio Rally dos Sertões para fazer os testes mais duros com diferentes tipos de compostos e desenhos. A Goodyear e a Pirelli realizam testes práticos freqüentes nos ralis brasileiros. “Aqui é com certeza um verdadeiro laboratório”, disse Carolina Wagner, Gerente de produto pneu de automóvel e caminhoneta. “É no Sertões que fazemos os principais testes práticos”, disse Sérgio Barata, piloto de testes da Pirelli e competidor.

Grande parte desses testes são de dirigibilidade e performance. “Existem dois tipos de análise. A subjetiva é feita pela opinião de todos os pilotos que usam nossos pneus, e tem a avaliação física, na qual medimos o desgaste, a temperatura e a pressão”, explicou Carolina.

“Uma parte disso volta para o nosso produto final. Tem um pneu nosso que recebeu um reforço no costado [lateral] por causa do rali e mudamos o projeto inicial. Hoje em dia esse pneu é utilizado pelas equipes igual é vendido nos revendedores”, concluiu.

Pirelli – A relação da marca italiana com o Sertões é forte no que diz respeito a testes. A Pirelli em parceria com a Mitsubishi leva uma L200 Evolutio com Sérgio Barata, piloto de testes de pneu. “Meu trabalho aqui é tentar melhorar todos os detalhes do pneu, e as mudanças serão transmitidas para o produto final, que equipa os veículos oficiais da Mitsubishi e o carro do Klever Kolberg no Dakar”, explicou.

Nesta edição do Sertões, Barata tem uma preocupação especial. “Mudamos o desenho dos sulcos do pneu para uma melhor relação entre aderência e resistência. Estamos testando várias combinações”, disse. “O pessoal tem andado com o pneu novo e só tenho recebido elogios.”

No Sertões passado, a especial entre Aruanã e Porangatu teve um trecho de 90 quilômetros que Barata acabou conhecendo muito bem. “Tivemos um problema e todos os pneus se desgastaram muito nesse trecho, era muito rápido e tinha pequenas ondulações. Fizemos mudanças e passei o ano todo voltando exatamente para aquele lugar para testa-las”, disse Barata, que já rodou 810 quilômetros nesse trecho.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa

Last modified: agosto 5, 2005

[fbcomments]
Redação Webventure
Redação Webventure