Largada da primeira perna em Vigo Espanha (foto: Divulgação/ VOR)
A frente fria que alcançou os VO70 na primeira perna da Volvo Ocean Race logo no primeiro dia após a saída de Vigo já deixou três veleiros fora da briga nesta etapa. Uma tempestade na madrugada de sábado para domingo avariou o Movistar, o Pérola Negra e o Sunergy and Friends.
O impacto de fortes ondas causou problemas na estrutura do barco espanhol, que rumou para Portimão, em Portugal. O barco da equipe Piratas do Caribe teve a quilha danificada e seguiu para Cascais. Já o sunergy tentou consertar os estragos enquanto velejava, mas acabou na Ilha da Madeira.
O Brasil 1 conseguiu superar a tempestade e ainda assumiu a liderança da prova, está nesse momento com 13 milhas náuticas de vantagem para o segundo colocado, o Ericsson Racing Team. Na madrugada a equipe brasileira conseguiu grande vantagem para os concorrentes, mas tanto o Ericsson como os dois barcos do Team ABN Amro estão encostando ao longo do dia. A flotilha segue para o posto de controle de passagem, em Fernando de Noronha.
Primeiras impressões – Durante a tempestade, as condições ficaram péssimas. Comer ou dormir era quase impossível. Dentro do Brasil 1, trabalhamos bastante para retirar toda a água que entra, seja pelas ondas que varrem o convés ou o que pinga das roupas de tempo da tripulação. Sabemos o quanto estes barcos são rápidos e difíceis de controlar e estamos velejando com muito cuidado, disse a navegadora Adrienne Calahan.
Em Portimão, ao tirar o Movistar da água, a equipe teve uma surpresa. A visão do estrago nos deixou perplexos. Sabíamos que o casco foi danificado, mas nem desconfiávamos que metade do leme estava faltando, disse Pedro Campos, gerente do projeto. A descoberta fez a equipe perceber que, na verdade, o que tirou o Movistar da briga na primeira perna foi uma colisão com algo embaixo dágua.
Já os Piratas do Caribe passam por um momento de decisão. Após 36 horas parados em Cascais, vamos ser rebocados até a Cidade do Cabo, para fazer os consertos adequadamente e prosseguir. Não acho que as quebras vão se restringir ao Movistar, o Sunergy e nós. Não que esteja desejando que os outros quebrem, mas é o caminho normal em uma prova de volta ao mundo, disse o comandante Paul Cayard.
Às 11h da manhã de hoje (em Brasília), a classificação estava assim:
Brasil 1 5.090 milhas náuticas para o fim da perna
Ericsson 13 milhas náuticas do líder
ABN AMRO 1 – 25 milhas náuticas do líder
ABN AMRO 2 – 30 milhas náuticas do líder
Sunergy and Friends* 498 milhas náuticas do líder
Movistar* 1067 milhas náuticas do líder
Piratas do Caribe* 1123 minhas náuticas do líder
*Parados, em reparo
Este texto foi escrito por: Redação Webventure
Last modified: novembro 16, 2005